quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O poder da vitamina D sobre o sistema imunológico: um mito?

Pesquisadores dizem que a falta do nutriente não é a causa de uma imunidade fraca, mas sim a consequência

Nutrientes: Suplementos de vitamina D podem não ser eficazes em prevenir doenças cardíacas e diabetes
Nutrientes: Suplementos de vitamina D podem não ser eficazes em prevenir doenças cardíacas e diabetes (Thinkstock)
Um novo estudo coloca em xeque uma das premissas médicas mais alardeadas dos últimos tempos: a de que suplementos de vitamina D fortalecem o sistema de defesa e protegem contra doenças, como as cardiovasculares, o diabetes e o câncer. De acordo com a pesquisa, a falta do nutriente não é a causa de uma imunidade fraca, mas sim a consequência — um sistema imunológico comprometido reduziria os níveis da vitamina. A descoberta faz parte de uma revisão publicada nesta quinta-feira na revista The Lancet Diabetes & Endocrinology.
É sabido que a vitamina D ajuda na absorção do cálcio pelo organismo e na formação dos ossos, mas estudos sugeriam que níveis inadequados do nutriente poderiam aumentar o risco de uma série de doenças agudas e crônicas. Essa relação, no entanto, nunca foi totalmente compreendida.
A nova pesquisa revisou 462 estudos – 290 prospectivos observacionais e 172 randomizados (aqueles nos quais os participantes são selecionados aleatoriamente) – realizados até dezembro de 2012, que analisaram os efeitos da vitamina D sobre a saúde – exceto a óssea, sobre a qual não pairam dúvidas.
Segundo os autores, a capacidade de o nutriente reduzir o risco de doenças cardíacas ou diabetes não foi confirmada por estudos randomizados. Esse benefício havia sido apontado somente por trabalhos prospectivos observacionais, que compararam a prevalência de doenças com os níveis do nutriente no organismo das pessoas.
"O que essa discrepância sugere é que a falta vitamina D é um indicador de saúde deteriorada. Os processos de envelhecimento e de inflamação envolvidos no surgimento de doenças reduzem os níveis de vitamina D, o que pode explicar por que a deficiência no nutriente é relacionada a diversos distúrbios", explica Philippe Autier, professor do Instituto Internacional de Pesquisa em Prevenção em Lyon, na França, e coordenador do estudo.
Segundo os cientistas, esses resultados não eliminam completamente a possibilidade de a vitamina D ser útil na prevenção de enfermidades além das relacionadas ao enfraquecimento dos ossos. Eles acreditam, porém, que estudos clínicos mais extensos são necessários para comprovar ou descartar os benefícios da suplementação do nutriente.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

10 coisas que você precisa saber sobre Pé Diabético

Infecções ou problemas na circulação nos membros inferiores estão entre as complicações mais comuns em quem tem diabetes mal controlado. Calcula-se que metade dos pacientes com mais de 60 anos apresente o chamado “pé diabético”. Uma doença que pode ser evitada.
 
Tais alterações podem causar neuropatia; úlceras; infecções; isquemia ou trombose. Elas começam a ocorrer, em geral, quando as taxas de glicose permanecem altas durante muitos anos. Se não for tratado, o pé diabético pode levar à amputação.  Segundo o Ministério da Saúde, 70% das cirurgias para retirada de membros no Brasil têm como causa o diabetes mal controlado: são 55 mil amputações anuais.
 
Manter a taxa glicêmica sob controle e fazer exames regulares são fundamentais para evitar tais complicações. 
 
1. A pessoa com pé diabético tem sintomas como: formigamentos; perda da sensibilidade local; dores; queimação nos pés e nas pernas; sensação de agulhadas; dormência; além de fraqueza nas pernas. Tais sintomas podem piorar à noite, ao deitar. Normalmente a pessoa só se dá conta quando está num estágio avançado e quase sempre com uma ferida, ou uma infecção, o que torna o tratamento mais difícil devido aos problemas de circulação.
 
2. Os sintomas são mais frequentes após alguns com o diabetes mal controlado. Muitas pessoas passam a apresentar problemas de diminuição de circulação arterial e de sensibilidade em pés e pernas.
 
3. A prevenção é a maneira mais eficaz de evitar a complicação. A medida principal é manter os níveis da glicemia controlados;  exame visual dos pés, diário; e avaliação médica periódica.
 
4. Pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2 devem devem passar, regularmente, por uma avaliação dos pés.
 
5. O paciente deve examinar os pés diariamente em um lugar bem iluminado. Quem não tiver condições de fazê-lo, precisa pedir a ajuda de alguém.  Deve-se verificar a existência de frieiras; cortes; calos; rachaduras; feridas ou alterações de cor. Uma dica é usar um espelho para se ter uma visão completa. Nas consultas, deve-se pedir ao médico que examine os pés. O paciente deve avisar de imediato o médico sobre eventuais alterações.
 
6. É preciso manter os pés sempre limpos, e usar sempre água morna, e nunca quente, para evitar queimaduras. A toalha deve ser macia. É melhor não esfregar a pele. Mantenha a pele hidratada, mas sem passar creme entre os dedos ou ao redor das unhas. 
 
7. Use meias sem costura. O tecido deve ser algodão ou lã. Evitar sintéticos, como nylon.
 
8. Antes de cortar as unhas, o paciente precisa lavá-las e secá-las bem. Para cortar, usar um alicate apropriado, ou uma tesoura de ponta arredondada.  O corte deve ser quadrado, com as laterais levemente arredondadas, e sem tirar a cutícula. Recomenda-se evitar idas a manicures ou pedicures, dando preferência a um profissional treinado, o qual deve ser avisado do diabetes.  O ideal é não cortar os calos, nem usar abrasivos. É melhor conversar com o médico sobre a possível causa do aparecimento dos calos.
 
9. É melhor que os pés estejam sempre protegidos. Inclusive na praia e na piscina.  
 
10. Os calçados ideais são os fechados, macios, confortáveis e com solados rígidos, que ofereçam firmeza. Antes de adquiri-los, é importante olhar com atenção para ver se há deformação.  As mulheres devem dar preferência a saltos quadrados, que tenham, no máximo, 3 cm de altura. É melhor evitar sapatos apertados, duros, de plástico, de coro sintético, com ponta fina, saltos muito altos e sandálias que deixam os pés desprotegidos. Além disso, recomenda-se a não utilização de calçados novos, por mais de uma hora por dia, até que estejam macios.

fonte: www.endocrino.org.br

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Comer nozes todo dia pode aumentar a longevidade

Estudo da Universidade Harvard mostrou que pessoas que consomem alimentos como nozes, amêndoas e avelãs tendem a viver por mais tempo


Nozes
Hábito: Alimentos como nozes, amêndoas e avelãs, se consumidos todos os dias, reduzem risco de morte por doenças como o câncer (Sandra Van der steen/Getty Images/Hermera)
Comer uma porção de nozes, castanhas, amêndoas, avelãs e outras sementes oleaginosas todos os dias pode ser um dos segredos para a longevidade. Um estudo feito na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, descobriu que pessoas que têm esse hábito desfrutam de uma melhor qualidade de vida do que aquelas que nunca consomem esses alimentos. Elas também costumam viver por mais tempo e correr menos risco de morrer por causas como câncer e doenças cardíacas e respiratórias. A pesquisa foi publicada nesta quinta-feira na revista The New England Journal of Medicine.
O estudo se baseou nos dados de quase 120 000 pessoas que foram acompanhadas durante 30 anos. Os pesquisadores dividiram os participantes em grupos de acordo com a frequência com que comiam frutos como nozes – desde indivíduos que nunca consumiam até aqueles que ingeriam todos os dias.
De acordo com as conclusões, o risco de as pessoas que mais consumiam oleaginosas morrerem durante o estudo foi 20% menor do que o daquelas que nunca comiam esses alimentos. A prevalência de morte prematura também foi menor entre esses participantes. O resultado pode ser explicado também pelo fato de que as pessoas que mais comiam nozes praticavam mais atividade física, eram mais magras e não fumavam.
Os pesquisadores explicam que consumir oleagionosas ajuda a reduzir os níveis do colesterol “ruim” (o LDL) e a controlar a pressão arterial, inclusive em situações de stress.
Segundo os autores, muitas pessoas temem consumir esses frutos pelo seu alto teor de gordura. Diversos estudos, no entanto, mostraram que quem consome oleagionosas com maior frequência é menos propenso a ganhar peso. "As nozes contêm gorduras saudáveis e são ricas em proteínas e fibras, o que retarda a absorção dos alimentos e diminui o apetite", diz Frank Hu, professor de nutrição e epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública de Harvard e coordenador da pesquisa.
fonte: veja.abril

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Agrotóxicos são inimigos da alimentação saudável

Produtos químicos são usados para combater pragas durante plantação.É importante lavar bem alimentos ou fazer compras em feiras ecológicas.



Os agrotóxicos são vilões tanto para os produtores das frutas, legumes e verduras, como para as pessoas que vão consumi-las. A Secretaria de Saúde de Pernambuco, no entanto, orienta que ainda é melhor consumir estes alimentos do que procurar produtos industrializados. "Geralmente os produtos industrializados tem mais sódio e gordura", afirma o técnico de intoxicações exógenas da secretaria, Pedro Albuquerque. A Organização das Nações Unidas (ONU) comemorou o Dia Mundial da Alimentação Saudável na última quarta-feira (16).
Agrotóxicos são produtos usados para combater pragas na plantação e fazem mal à saúde do homem. Pelo cheiro ou pela aparência, não é possível identificar se uma fruta tem ou não essas substâncias. A secretaria estadual de Saúde faz análises mensais dessas frutas, quando são recolhidas amostras e levadas ao laboratório.

"Ano passado, as amostras de tomate que analisamos foram consideradas satisfatórias. Não é que não tenham agrotóxico, mas eles estavam em níveis aceitáveis", explicou Albuquerque, em entrevista ao Bom Dia Pernambuco na segunda-feira (14/10). O pimentão foi o produto mais reprovado - 91% das amostras foram consideradas acima do limite permitido para agrotóxicos.
Para garantir a limpeza dos alimentos, o técnico ressalta que é importante lavar bem antes de consumir as verduras, frutas e legumes. A lavagem deve ser feita com água corrente e a tradicional gotinha de água sanitária. Mesmo assim, ela não retira 100% dos resíduos venenosos.

Quem preferir, pode também procurar as feiras agroecológicas do Recife, apesar de um pouco mais caras. "É um sistema alimentar saudável, onde o alimento não tem agrotóxico e é comercializado diretamente entre a feira e o produtor", explica.
fonte: g1.globo.com

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Caminhadas diárias reduzem risco de câncer de mama

Pesquisa apontou que quem anda uma hora diariamente diminui risco da doença em 14%
.


OUÇA A MATÉRIA DA CBN

 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Dormir pouco - ou muito - aumenta a chance de desenvolver doenças do coração, obesidade e diabetes

Nova pesquisa mostra que pessoas que dormem menos de seis ou mais de dez horas por dia podem desenvolver uma série de doenças crônicas

Dormir pode ajudar no aperfeiçoamento de algumas habilidades, mas cientistas não sabem se isso ocorre às custas de outras
Segundo pesquisadores, poucas horas de sono costumam causar problemas psicológicos como ansiedade, stress e depressão, além de favorecer a obesidade. Isso pode acarretar em uma série de doenças crônicas (iStockphoto)
Um novo estudo realizado por pesquisadores americanos encontrou uma relação entre o pouco ou muito tempo de sono e uma série de problemas crônicos de saúde. Segundo os cientistas, pessoas que dormem menos de seis ou mais de dez horas por dia têm maiores chances de desenvolver doença coronariana, diabetes, AVC, ansiedade e obesidade. O estudo foi realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, agência responsável por realizar pesquisas de saúde pública que possam embasar decisões do governo, e publicado na revista SLEEP.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Sleep Duration and Chronic Diseases among US Adults Age 45 Years and Older: Evidence From the 2010 Behavioral Risk Factor Surveillance System

Onde foi divulgada: periódico SLEEP

Quem fez: Janet Croft, entre outros

Instituição: Centro de Controle e Prevenção de Doenças, Estados Unidos

Dados de amostragem: 54.000 americanos com 45 anos ou mais

Resultado: Os pesquisadores descobriram que as pessoas que dormiam menos de seis ou mais de dez horas por noite tinham maiores chances de apresentar sofrimento mental ou obesidade, o que aumentava suas chances de desenvolver diabetes, AVC e doença coronária
Uma série de pesquisas já tentou medir a relação entre os problemas de sono e doenças como AVC e diabetes. Dessa vez, no entanto, os pesquisadores pretenderam analisar como os dois maiores problemas causados pela falta de sono — obesidade e ansiedade — poderiam se relacionar com uma série de doenças crônicas que atingem a população. "Algumas das relações que existem entre o sono não saudável e as doenças crônicas podem ser parcialmente explicadas pelo sofrimento mental frequente causado por esse problema, além do ganho de peso que costuma acontecer entre esses pacientes", diz Janet Croft, pesquisador do CDC e um dos autores do estudo.
Para chegar ao resultado, os cientistas analisaram a saúde de 54.000 americanos com 45 anos ou mais. Quase um terço dos participantes (31%) afirmaram que dormiam poucas horas por dia, ou seja, que não costumavam ter mais de seis horas de sono. Mais de 64% dos participantes afirmaram que tinham um sono ideal e apenas 4% disseram que dormiam demais — mais de dez horas por noite.
Como resultado, os pesquisadores descobriram que os voluntários que dormiam poucas horas registravam um índice maior de obesidade e sofrimento mental, caracterizado por um período grande de ansiedade, stress e depressão. Além disso, eles possuíam uma maior prevalência de doença coronariana , AVC e diabetes do que os indivíduos com horas normais de sono.
Já os voluntários que dormiam muito tiveram índices semelhantes de obesidade e sofrimento mental em comparação aos que dormiam pouco, mas apresentaram quantidades ainda maiores de doença coronária, AVC e diabetes. “Dormir mais não significa necessariamente que você está dormindo bem. É importante entender que tanto a quantidade quanto a qualidade de sono impactam a saúde", afirma Safwan Badr, presidente da Academia Americana para Medicina do Sono.  "Um estilo de vida saudável e equilibrado não se limita a dieta e exercícios; quando e como você dorme é tão importante quanto o que você come ou como se exercita."
Os pesquisadores sugerem que os pacientes que sofrem de alguma dessas doenças crônicas procure, além do tratamento adequado, um médico que possa avaliar seus padrões de sono. "É fundamental que os adultos busquem ter de sete a nove horas de sono por noite para receber seus benefícios de saúde, mas isso é especialmente verdadeiro para aqueles que possuem alguma dessas condições crônicas. Doenças comuns do sono — incluindo a apneia e insônia — ocorrem com frequência entre essas pessoas e podem dificultar sua capacidade de dormir tranquilamente", diz Badr.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Mudar o estilo de vida pode reverter envelhecimento celular

Pesquisa mostra que a adoção de uma dieta vegetariana acompanhada de exercícios físicos e meditação pode fazer com que o DNA no interior das células se recupere do desgaste acumulado ao longo do tempo

cromossomos
Os telômeros são estruturas que existem nas pontas dos cromossomos e servem para impedir seu desgaste. Ao longo do tempo, no entanto, eles vão diminuindo de tamanho, contribuindo para o envelhecimento das células (Thinkstock)
Os pesquisadores sabem há bastante tempo que mudanças no estilo de vida — como a adoção de dietas e a prática de exercícios físicos — podem melhorar a saúde de um indivíduo, prevenindo problemas cardíacos e aumentando sua expectativa de vida. Uma pesquisa publicada na revista The Lancet Oncology nesta terça-feira mostra, pela primeira vez, que essas mesmas mudanças também podem impedir, e até reverter, o envelhecimento das próprias células do indivíduo — e do DNA em seu interior.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Effect of comprehensive lifestyle changes on telomerase activity and telomere length in men with biopsy-proven low-risk prostate cancer: 5-year follow-up of a descriptive pilot study

Onde foi divulgada: periódico The Lancet Oncology

Quem fez: Dean Ornish, entre outros pesquisadores

Instituição: Universidade da Califórnia, EUA, entre outras

Dados de amostragem: 35 homens diagnosticados com câncer de próstata de baixo risco. Dez deles foram selecionados para passar por um tratamento que demandava mudanças completas em seu estilo de vida, como a adoção de uma dieta vegetariana, um regime de exercícios físicos e a prática de meditação. Os outros 25 não receberam esse tipo de instrução.

Resultado: Os pesquisadores analisaram os tamanhos dos telômeros no DNA dos indivíduos antes do tratamento e cinco anos após seu início. Nos indivíduos que mudaram de estilo de vida seu comprimento aumentou, em média, 10%. Já, entre aqueles que não passaram por nenhum tratamento, eles reduziram 3%
Os telômeros são estruturas de proteína localizados no final de cada cromossomo. Eles fornecem uma proteção semelhante à presente nas pontas dos cadarços. Eles costumam envolver as extremidades do DNA, ajudando a mantê-lo estável e impedindo seu desgaste. No entanto, conforme as células se dividem, os telômeros se tornam mais curtos e mais frágeis. Assim, com o passar do tempo, eles se tornam menos capazes de proteger os cromossomos e podem ser usados como uma espécie de indicador da idade das células.
Os pesquisadores já sabem que comprimentos menores dos telômeros estão associados a um risco maior de morte prematura e doenças relacionadas com a idade, incluindo muitas formas de câncer — como o de mama, próstata, pulmão e colorretal —, doenças cardiovasculares, demência, AVC, osteoporose e diabetes.
Em seu estudo, os pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, analisaram se mudanças no estilo de vida poderiam ter influência direta no próprio tamanho dos telômeros e não só na saúde geral do corpo. Para isso, analisaram o DNA de um pequeno grupo de homens diagnosticados com câncer de próstata de baixo risco, e que não tinham sido submetidos a tratamentos convencionais como cirurgia ou radioterapia.
Dez desses homens foram selecionados para passar por um tratamento que incluía uma mudança completa em seu estilo de vida, incluindo a adoção de uma dieta vegetariana, um regime de exercícios físicos moderados,  a prática de técnicas de gerenciamento de stress — como meditação e ioga — e uma maior proximidade com família e amigos. Outros 25 homens serviram como um grupo de controle, e não passaram por nenhum tipo de tratamento.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Alimentação rica em carboidratos e doces eleva risco de câncer de mama

Segundo pesquisa feita com mais de 300.000 mulheres, dieta com alta carga glicêmica eleva chance de um tipo da doença menos comum, porém mais nocivo

câncer de mama
Alta carga glicêmica: segundo estudo, dieta rica em carboidratos e doces eleva risco de câncer de mama (Thinkstock)
Uma dieta com alta carga glicêmica, ou seja, rica em alimentos que provocam rapidamente um pico de açúcar no sangue, como carboidratos e doces, pode aumentar o risco de uma mulher ter uma forma menos comum, no entanto mais agressiva, de câncer de mama. Essa é a conclusão de uma pesquisa desenvolvida na Agência Internacional para Pesquisa em Câncer, que fica na cidade francesa de Lyon, e publicada na edição de agosto do periódico The American Journal of Clinical Nutrition.

Saiba mais

ALIMENTAÇÃO COM ALTA CARGA GLICÊMICA
Inclui alimentos que aumentam rapidamente as taxas de açúcar no sangue, como carboidratos processados, açúcar branco, frutas em calda enlatadas, farinha branca, batatas e pães, por exemplo. É deficiente em alimentos integrais, ricos em fibras.
O estudo se baseou em dados aproximadamente 335.000 mulheres de 34 a 66 anos de idade, que foram acompanhadas pelos pesquisadores ao longo de 12 anos. Durante esse período, 11.576 participantes foram diagnosticadas com câncer de mama. Quando os autores analisaram o risco da doença de maneira geral, eles não identificaram associação com uma dieta de alta carga glicêmica. No entanto, quando eles olharam apenas para pacientes que já haviam passado pela menopausa e para um tipo específico do câncer, o ER-negativo, uma alimentação rica em doces e carboidratos elevou o risco da doença em 36%. Esse tipo de câncer de mama atinge uma em cada quatro mulheres com a doença e costuma ter um prognóstico pior pois, além de crescer mais rapidamente, não é sensível aos tratamentos com hormônios.
Inimiga — Os autores desse estudo explicam que uma alimentação que aumenta o índice glicêmico está associada a maiores níveis de insulina, hormônio que regula açúcar no sangue. E, de acordo com eles, grandes quantidades de insulina vêm sendo ligadas à incidência de certos tipos de câncer por algumas pesquisas, possivelmente pelo fato de que o hormônio é capaz de ajudar os tumores a crescerem.
FONTE: veja.abril

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Dormir de 7 a 8 horas por dia tem relação com dieta mais saudável

Pessoas que dormem a quantidade de horas recomendada também mantêm uma dieta com maior variedade de nutrientes

Dormir
De acordo com estudo, quem se alimenta melhor tem sono mais saudável (Thinkstock)
Diversos estudos já demonstraram a relação entre o sono e a saúde. Dormir poucas horas por noite, por exemplo, está associado a um risco maior de obesidade e de doenças cardiovasculares e psiquiátricas. Dormir demais, no entanto, também é considerado prejudicial para o desenvolvimento físico e mental. Agora, um novo estudo da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, analisou uma nova vertente dessa relação. Segundo a pesquisa, aquelas pessoas que dormem a quantia recomendada de horas por noite (sete a oito horas) são também aquelas que consomem a maior variedade de alimentos.
Para realizar o estudo, que será publicado no periódico Appetite, os pesquisadores utilizaram dados de 2007 e 2008, provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (National Health and Nutrition Examination Survey — NHANES), financiada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). O levantamento inclui dados demográficos, socioeconômicos, nutricionais e de saúde. Os 4.548 participantes foram divididos em quatro grupos, de acordo com as horas de sono diárias: “muito pouco” (menos de 5 horas), “pouco” (5 a 6 horas), “padrão” (7 a 8 horas) e “muito” (9 horas ou mais).
Quantidade e qualidade — Em relação à quantidade de calorias (kcal) ingeridas, os dois grupos extremos — o que dormia nove horas ou mais e o que dormia menos de cinco —, consumiram as menores quantidades de calorias (1.926 kcal e 2.036kcal, respectivamente). O grupo considerado normal ingeriu 2.151 kcal, enquanto aqueles que dormiam pouco consumiram a maior quantidade, 2.201 kcal - de acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira (Ministério da Saúde, 2006), a ingestão média diária de calorias para um brasileiro saudável é de 2000 kcal. As pessoas com o sono de duração normal foram aquelas que consumiram a maior variedade de alimentos, seguidas por quem dorme pouco e por aqueles que dormem muito. A menor variedade de alimentos foi ingerida pelos participantes que dormiam muito pouco.
Foram encontradas diferenças nutricionais entre os grupos, mas elas eram guiadas por nutrientes-chaves. Pessoas que dormiam muito pouco consumiam menos água, licopeno (encontrado em alimentos de cor vermelho alaranjada) e carboidratos. Aqueles que dormiam pouco ingeriam menos vitamina C, selênio (micronutriente de frutas secas e carne) e água, mas consumiam mais luteína (caroteóide ligado à coloração amarelo-limão) e zeaxantina (encontrada nos vegetais amarelos, alaranjados, vermelhos e verdes). Já quem dormia mais ingeria menos teobromina (substância encontrada no chocolate e no chá), ácido dodecanóico (um tipo de gordura saturada), colina (nutriente que faz parte do complexo B de vitaminas) e carboidratos, além de mais álcool.
Segundo Michael A. Grandner, integrante da equipe de pesquisadores, não é possível, no entanto, inferir pelos resultados do estudo se é a alimentação que influencia o sono, ou se é o sono que influencia as escolhas nutricionais. “A principal descoberta é o fato de que as pessoas que dormem de 7 a 8 horas têm a dieta mais saudável. Isso sugere que quem se alimenta melhor provavelmente tem quantidades mais saudáveis de sono”, afirma Grandner.
FONTE: veja.abril

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Mais da metade dos brasileiros está acima do peso

O número de pessoas com sobrepeso aumentou de 48,5% em 2011 para 51% em 2012. E 17% dos brasileiros são obesos 

Aretha Yarak, de Brasília
Balança: Quilos a mais, mas não o suficiente para tornarem uma pessoa obesa, podem reduzir o risco de morte por qualquer causa
Problemas com a balança: Levantamento nacional revela que 51% dos brasileiros
estão com excesso de peso (Thinkstock)

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira mostram que os índices de obesidade no país continuam a crescer, e em ritmo acelerado. Em 2011 , o porcentual de brasileiros obesos era de 15,8%. Já em 2012, essa taxa passou para 17,4% — em 2006, quando a análise começou a ser feita, o índice era de 11,6%. O número de pessoas acima do peso considerado ideal também aumentou: de 48,5% em 2011 para 51% em 2012. Os dados estão na pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico).
O levantamento, divulgado anualmente pelo Ministério, traz um diagnóstico da saúde do brasileiro a partir de questionamentos sobre os hábitos da população, como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física. Foram coletadas informações de 45.400 pessoas com mais de 18 anos de todas as capitais e do Distrito Federal, de julho de 2012 a fevereiro de 2013.
Segundo os dados, entre as pessoas que estão acima do peso, os homens são a maioria - 54,5% têm o problema, enquanto entre as mulheres o índice é de 48,1%. A prevalência da obesidade, por outro lado, é maior entre as mulheres: 18,2.% estão com índice de massa corporal (IMC) acima de 30 – entre os homens, essa taxa é de 16,5%. A maior prevalência de pessoas com sobrepeso e obesidade se encontra na população que está entre os 45 e 64 anos.
Entre as capitais, Campo Grande é a campeã nos índices de adultos com excesso de peso, com 56% da sua população. Na sequência, estão Porto Alegre e Rio Branco, com 54%. As capitais com os menores índices de excesso de peso são Palmas e São Luís, com 45%. Em relação à obesidade, os maiores índices (21%) estão em Rio Branco, Natal e Campo Grande.
Hábitos – A prevalência dos brasileiros sedentários em 2012 subiu para 14,9% — em 2011, o índice era de 14%. Entre aqueles que fazem atividades físicas no tempo livre, o maior índice está entre os homens, com 41,5%, contra 26,5% entre as mulheres. Em relação à alimentação, o levantamento mostrou que, quanto maior a escolaridade, maior o consumo de frutas e hortaliças. As mulheres são as que mais consomem esses alimentos: 27,2% delas, frente a 17,6% dos homens.
De acordo com Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, o combate ao aumento de peso deve ser um processo contínuo, que engloba ações na cantina da escola à lanchonete de uma empresa. "Ainda estamos mais magros que nossos vizinhos, mas os índices continuam a crescer. É preciso combater a obesidade." Segundo Alexandre Padilha, ações para o controle da obesidade devem ser feitas o quanto antes. "Se não conseguirmos controlar esse aumento agora, poderemos chegar a patamares como os do Chile e dos Estados Unidos." De acordo com Padilha, a qualidade da merenda escolar será decisiva para que o país possa reverter a tendência de aumento de peso. 
Álcool — O consumo de bebida alcoólica se mostrou maior entre as pessoas com maior escolaridade. Entre aqueles com mais de 12 anos de estudo, 31,9% dos homens consomem mais de cinco doses e 14% das mulheres consomem mais do que quatro doses – uma média de 22%. O consumo abusivo se mostrou mais frequente (24,7%) entre jovens de 25 a 34 anos.
Os índices mais alarmantes, no entanto, estão entre os brasileiros que bebem e dirigem na sequência. A maior prevalência está entre os homens com mais de 12 anos de estudo (18,9%). "As menores proporções estão no Recife e no Rio de Janeiro e isso tem a ver com a operação Lei Seca", diz Padilha. Em Recife, o porcentual de adultos que dirigem depois de beber é de 4% e no Rio de Janeiro, de 5%. A capital com maior índice é Florianópolis, com 16%. Segundo o ministro, não há uma série histórica dentro do Vigitel que possa ser usada como modelo comparativo para avaliar se a Lei tem relação direta com os índices nessas duas capitais.
Câncer — O acesso à mamografia, exame preventivo para o câncer de mama, tem crescido no sistema público. Os dados do Vigitel apontam que 77,4% das mulheres de 50 a 69 anos fizeram o exame nos últimos dois anos. Em 2007, essa taxa era de 71,1%. A maior prevalência, no entanto, se encontra nas capitais dos estados mais desenvolvidos do país: Curitiba (90%), Distrito Federal (87%) e Belo Horizonte (86%). Nas regiões Norte e Nordeste, a discrepância é gritante em relação ao resto do país. Em João Pessoa, apenas 61% das mulheres fizeram o exame. No Recife, 64%; em Boa Vista, 67%; e Manaus, 68%.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Comer peixe reduz o risco de artrite reumatoide

Pesquisadores suecos atribuem ao ômega-3, gordura presente em peixes, mas também no azeite e na linhaça, o efeito positivo do alimento sobre essa doença

Salmão peixe
O salmão é um dos peixes ricos em ômega-3: Segundo novo estudo, uma porção do alimento por semana ajuda a evitar a artrite reumatoide (Thinkstock)
De acordo com um extenso estudo publicado nesta segunda-feira, comer peixe regularmente pode ser uma forma de reduzir o risco de artrite reumatoide. Essa é uma doença crônica e autoimune – ou seja, que acontece quando o sistema imunológico de uma pessoa passa a atacar o seu próprio corpo – que atinge cerca de 1% da população. Muitos fatores em relação a esse problema, como suas causas e como é possível evitá-lo, são desconhecidos. Daí a importância dos resultados dessa nova pesquisa.

Glossário

ARTRITE REUMATOIDE
A artrite reumatoide é uma doença crônica inflamatória que atinge as articulações, principalmente das mãos, punhos e pés. É também uma doença autoimune, ou seja, acontece quando o sistema imunológico de uma pessoa passa a atacar o seu próprio corpo. A condição provoca dores e pode levar a deformações nas articulações.  Suas causas ainda são desconhecidas e pouco se sabe sobre como reduzir os riscos do problema. Sabe-se que pelo menos 1% da população é acometida pela artrite reumatoide e que ela é uma doença multifatorial, com aspectos genéticos e ambientais, como infecções e o cigarro.
O trabalho, feito no Instituto Karolinska, na Suécia, e divulgado no periódico Annals of the Rheumatic Diseases, se baseou em 32.000 mulheres nascidas entre 1914 e 1948. Entre os anos de 1987 e 1997, os autores do estudo coletaram informações sobre as participantes, incluindo dados sobre seus hábitos alimentares, peso e altura. Depois, os pesquisadores monitoraram a saúde delas de 2003 a 2010.
Ao longo do estudo, 205 mulheres foram diagnosticadas com artrite reumatoide. Os pesquisadores concluíram que as participantes que ingeriam mais do que 0,2 gramas de ômega-3 — um tipo de gordura saudável presente em alimentos como peixe e azeite— por dia, tiveram um risco 52% menor de apresentar artrite reumatoide. Essa quantidade equivale a mais do que uma porção de um peixe gorduroso (ou seja, rico em ômega-3), como o salmão, ou quatro de peixe magro, como o bacalhau, por semana.
O estudo ainda mostrou que consumir uma porção ou mais de qualquer peixe por semana durante dez anos reduz as chances de artrite reumatoide em 29% em comparação com ingerir menos do que isso. “A associação inversa entre o consumo de peixe e o risco de artrite reumatoide pode ser atribuída principalmente ao ômega-3”, escreveram os autores na conclusão do estudo.
fonte: veja.abril.com.br

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Saber quanto exercício é necessário para queimar calorias de uma refeição melhora a alimentaçã

Quem se deparara com informações sobre a quantidade de caminhada necessária para gastar as calorias consumidas faz escolhas mais saudáveis

Escolhas: Saber quanto exercício é preciso para queimar calorias consumidas em uma refeição pode ter impacto sobre hábitos alimentares, diz estudo
Escolhas: Saber quanto exercício é preciso para queimar calorias consumidas em uma refeição pode ter impacto sobre hábitos alimentares, diz estudo (Thinkstock)
Mais do que saber quantas calorias estão presentes em uma refeição, ser informado sobre a atividade física necessária para queimá-las pode levar um indivíduo a fazer escolhas mais saudáveis na hora de comer. Essa foi a conclusão de um time de pesquisadores que buscou entender de que maneira as informações presentes nos rótulos dos alimentos são eficazes em melhorar a nossa dieta. O estudo feito por eles aparece na edição deste mês do periódicoAppetite.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Potential effect of physical activity based menu labels on the calorie content of selected fast food meals

Onde foi divulgada: revista Appetite

Instituição: Universidade da Carolina do Norte, Estados Unidos

Dados de amostragem: 802 mulheres

Resultado: Pessoas que sabem a quantidade de calorias presentes em um alimento, e qual a distância que ela terá de caminhar para gastá-las, fazem escolhas mais saudáveis na hora de comer do que aquelas que sabem apenas o tempo em que vão precisar caminhar; ou apenas as calorias presentes na refeição; ou então aquelas que não recebem nenhuma informação nutricional

Ainda segundo a pesquisa, desenvolvida na Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, o efeito sobre o consumidor é maior se lhe é informada a quantidade de atividade física que ele precisará fazer, e não o tempo em que precisará exercitar-se. Ou seja, causa mais impacto dizer quantos quilômetros ele precisará caminhar do que por quantos minutos ou horas ele deveria fazê-lo se quisesse gastar as calorias consumidas.
O estudo selecionou 802 mulheres adultas que responderam a questionários aplicados pela internet. Elas foram dividias em quatro grupos e cada um recebeu um tipo de cardápio. Em um deles, havia a quantidade de calorias de cada alimento; em outro, as calorias e o tempo de caminhada necessário para queimá-las; no terceiro, as calorias e a distância necessária para caminhar a fim de gastá-las; e, no último, nenhuma informação nutricional. 
Todos os cardápios ofereciam sanduíches, saladas, bebidas e sobremesas. O hambúrguer tradicional, por exemplo, continha 250 calorias, que, para serem queimadas, exigem que uma pessoa caminhe por 78 minutos ou por 4,2 quilômetros.
Opções saudáveis — Quando as mulheres receberam os cardápios, a equipe pediu que elas se imaginassem em um restaurante fast food e dissessem o que escolheriam para comer. Os resultados mostraram que aquelas que se basearam nos cardápios que não continham informação nutricional alguma foram as que pediram as refeições mais calóricas, com 1.020 calorias em média. Esse número foi de 927 calorias por refeição entre as participantes que receberam somente informações sobre o valor calórico dos alimentos; de 916 calorias entre aquelas cujo cardápio informava também sobre o tempo de duração caminhada; e de 826 calorias entre as mulheres que foram informadas sobre a distância da caminhada. 
Resta saber, afirmam os autores do estudo, se essas conclusões, que foram obtidas a partir de uma simulação na internet, também são válidas em uma situação real.
fonte: veja.abril

quarta-feira, 5 de junho de 2013

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Yacon: a batata boa para diabéticos

Ela controla a glicemia e ajuda a diminuir o colesterol. Conheça mais benefícios do alimento que tem apenas 22 calorias a cada 100 gramas


A batata yacon é ótima para diabéticos, afirma a nutricionista funcional Érika Almeida, da consultoria VitaleNutri  Apesar de ainda ser pouco popular, ela traz muitos benefícios à saúde.

Com o formato parecido com o da já conhecida batata-doce, a yacon é um tubérculo originário dos Andes e tem um sabor adocicado, que muitos associam ao da pera. Segundo o Centro Internacional da Batata (CIP), no Peru, 100 gramas de yacon contêm apenas 22 calorias, contra 64 da mesma quantidade de batata inglesa.

O diferencial da yacon é que ela é aliada de quem tem diabetes do tipo 2, distúrbio desencadeado por alimentação muito açucarada e sem origem genética, como o diabetes tipo 1.

“Diferente de outros alimentos, essa batata tem o fruto-oligossacarídeos (FOS), um tipo de açúcar que o organismo é praticamente incapaz de absorver”, explica Érika.

“O diabético tem resistência à insulina, então, se ele come alimentos de alto índice glicêmico como o macarrão e a batata comum, isso eleva a taxa de açúcar no sangue. A yacon não eleva esse nível, assim como a abóbora, a cará e outras raízes”, ensina a especialista.

Os benefícios da yacon não param por aí. Segundo o nutricionista clínico e funcional Fábio Bicalho, estudos sugerem que o tipo de açúcar contido nela também ajuda a reduzir o colesterol.

A yacon ainda é rica em prebióticos, substâncias que favorecem a saúde da flora intestinal e combatem a prisão de ventre, e tem inulina, uma fibra alimentar solúvel presente também em vegetais como a alcachofra, aspargo e alho-poró, entre outros.

Bicalho acrescenta que a batata aumenta a absorção de minerais no organismo, por ser fonte de ferro, fósforo, sódio, potássio e cálcio.

“Ela melhora o ambiente e a permeabilidade da mucosa intestinal ajudando na absorção de nutrientes”, esclarece.

Como a batata tem um sabor adocicado, a nutricionista Érika recomenda que ela seja utilizada em preparos doces, como bolos ou sucos.

“A yacon pode ser substituída pela cenoura em um bolo, adicionada em sucos verdes ou até mesmo consumida cozida. Se for para usar em sopas, é ideal que a base da sopa seja feita com outros ingredientes”, aconselha Érika, que costuma indicar o alimento para pacientes que buscam uma alimentação mais equilibrada, crianças e idosos.

Por ter baixo valor calórico, a batata pode ser uma aliada a quem está fazendo dieta. Érika esclarece que nenhum alimento, claro, faz efeito sozinho.

“A yacon tem que ser utilizada numa dieta equilibrada e associada nas receitas, como em um bolo que não eleva as taxas de açúcar no sangue”, exemplifica. A nutricionista orienta: a batata é mais facilmente encontrada em feiras livres do que em supermercados.