quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Dieta a base de plantas melhoram os níveis de açúcar no sangue

Mudar para uma dieta vegetariana pode ajudar a reverter a diabetes, de acordo com um novo estudo. Milhões de pessoas que lutam contra a doença assassina poderia melhorar os seus níveis de açúcar no sangue, erradicando a carne de sua alimentação semanal. Os cientistas acreditam que a remoção de gorduras animais poderia ajudar a curar a doença, deixando os pacientes livres delas. As informações são do Daily Mail.
Os especialistas disseram que mudanças na dieta poderia ser usada como uma alternativa do tratamento para a diabetes do tipo 2. Uma análise de estudos anteriores revelaram que a remoção de gorduras de origem animal durante a dieta ajuda a melhorar a sensibilidade à insulina. A dieta reduziu os níveis de base vegetal de uma proteína-chave chamada sangue de hemoglobina glicada (HbA1c).
Para as pessoas com diabetes, quanto maior o HbA1c no sangue, maior o risco de desenvolver complicações relacionadas com o diabetes, tais como danos do nervo, problemas oculares e doenças do coração. “A mudança de dieta pode substituir uma pílula”, disse nutricionista Susan Levin, um dos autores do estudo. “Uma dieta à base de plantas melhora os níveis de açúcar no sangue, massa corporal, pressão sanguínea, colesterol e todos ao mesmo tempo, uma coisa que nenhum medicamento pode fazer”, completou.
Em todo o mundo, 347 milhões de pessoas têm diabetes, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Eles prevêem que será a sétima principal causa de morte em 2030. A doença ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente para tirar o açúcar da corrente sanguínea, ou quando o corpo não consegue utilizar eficazmente a insulina que produz.
Como parte do novo estudo, os pesquisadores analisaram os hábitos alimentares de 255 adultos com diabetes tipo 2 nos EUA, Brasil e República Checa. Eles descobriram que pessoas que comiam a dieta vegetariana com baixo teor de gordura, ou uma dieta de ovos e produtos lácteos, mas nenhuma carne, reduziu o HbA1c em uma média de 0,4 pontos percentuais a até 0,7 pontos em alguns estudos. Isto é comparável com o mesmo efeito de inibidores de alfa-glicosidase, medicamentos dados a pacientes que ajudam a controlar os seus níveis de glicose no sangue, impedindo a digestão de carboidratos, eles disseram. A pesquisa foi publicada no jornal Cardiovascular diagnóstico e terapia. Cardiovascular Diagnosis And Therapy
FONTE: PN Mídia

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Carne processada faz mal ao coração do homem, diz estudo

Homens que consomem mais de 78 gramas por dia de presunto, salame ou salsicha, por exemplo, correm maior risco de sofrer insuficiência cardíaca

Salame
Alimentação: carne processada pode aumentar risco de insuficiência cardíaca (Thinkstock/VEJA)
Homens que comem mais carne vermelha processada, que é rica em sódio e conservantes, podem ter um risco maior de sofrer insuficiência cardíaca e de morrer em decorrência do problema em comparação com aqueles que consomem menores quantidades do alimento. É o que descobriu um estudo publicado nesta quinta-feira no periódico Circulation: Heart Failure.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Processed and Unprocessed Red Meat Consumption and Risk of Heart Failure: A Prospective Study of Men

Onde foi divulgada: periódico Circulation: Heart Failure​

Quem fez: Joanna Kaluza, Agneta Akesson e Alicja Wolk

Instituição: Universidade de Ciências da Vida de Varsóvia, na Polônia, e Instituto Karolinska, na Suécia

Resultado: Comer muita carne vermelha processada pode aumentar em até 28% o risco de insuficiência cardíaca entre homens e dobrar a chance de morte por essa doença.
Segundo a pesquisa, a incidência da doença em um período de doze anos é 28% maior entre homens que comem 78 gramas ou mais de carne vermelha processada, como presunto, salsicha e salame, do que os que ingerem 25 gramas ou menos do alimento ao dia. Além disso, o risco de morte por insuficiência cardíaca chega a ser duas vezes superior para quem mais consome carne processada.
O estudo também concluiu que cada 50 gramas de carne processada (cerca de duas fatias de presunto, por exemplo) a mais consumidos no dia eleva em 8% o risco de insuficiência cardíaca. A pesquisa não encontrou relação entre excesso de carne vermelha não processada e uma maior incidência da doença.
Os resultados do trabalho se basearam nos dados de 37 000 homens de 45 a 79 anos, acompanhados durante doze anos. No início do estudo, os participantes responderam a um questionário sobre hábitos alimentares.
"Para reduzir o risco de insuficiência cardíaca e outras doenças, sugerimos que as pessoas evitem carne vermelha processada e limitem a quantidade de carne vermelha não processada em até duas porções por semana. Além disso, que sigam uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e peixe", diz Joanna Kaluza, professora do Departamento de Nutrição Humana da Universidade Ciências da Vida de Varsóvia, na Polônia. Segundo ela, é provável que os resultados de um estudo feito com mulheres sejam semelhantes ao do conduzido em homens.
A doença — A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração passa a bombear o sangue de maneira ineficaz, não conseguindo satisfazer a necessidade do organismo e reduzindo o fluxo sanguíneo do corpo. A doença faz com que os músculos dos braços e das pernas se cansem mais rapidamente, os rins trabalhem menos e a pressão arterial fique baixa. Embora possa acometer pessoas de todas as idades, é mais comum em idosos. Atinge uma média de uma a cada 100 pessoas.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Chá e frutas cítricas podem prevenir câncer de ovário

Os alimentos contêm compostos derivados dos flavonoides, substância antioxidante que também está presente no vinho tinto, no cacau e na maçã, por exemplo

Pesquisa constatou que beber dois copos de chá preto todo dia diminui as chances de câncer de ovário em 31%
Pesquisa constatou que beber dois copos de chá preto todo dia diminui as chances de câncer de ovário em 31%(Thinkstock)
Beber chá e comer frutas cítricas, como laranja e limão, são hábitos que ajudam a prevenir o câncer de ovário, tipo mais agressivo de tumor ginecológico. Segundo um novo estudo feito na Inglaterra, consumir duas xícaras de chá preto por dia, por exemplo, reduz em até 31% o risco da doença.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Intake of dietary flavonoids and risk of epithelial ovarian cancer

Onde foi divulgada: periódico American Journal of Clinical Nutrition

Quem fez: Aedin Cassidy, ​Shelley Tworoger e colegas.

Instituição: Universidade de East Anglia, na Inglaterra, entre outras.

Resultado: Dois tipos de flavonoides, encontrados principalmente em chás e frutas cítricas, diminuem as chances de desenvolvimento do câncer de ovário.
Os resultados preliminares da pesquisa foram divulgados nesta terça-feira, e o trabalho completo será publicado no fim de semana na revista científica American Journal of Clinical Nutrition.
O câncer de ovário não é o tumor ginecológico mais frequente entre as mulheres, mas é aquele com menores chances de cura. Na maioria das vezes em que os sintomas se tornam aparentes, a doença já está em um estágio muito avançado e é praticamente incurável. A incidência da enfermidade pode ter relação com o número de ovulações.
O novo estudo analisou os hábitos alimentares de 171 940 mulheres com idades entre 25 e 55 anos ao longo de mais de 30 anos.
Os pesquisadores concluíram que aquelas que consumiam diariamente alimentos que contêm flavonol, como o chá, e flavanonas, como as frutas cítricas e seus sucos, apresentaram um risco menor de desenvolver câncer de ovário. Esses dois compostos são derivados dos flavonoides, substância antioxidante e anti-inflamatória que já foi associada a uma série de benefícios à saúde, como redução das chances de problemas cardiovasculares.
 “As principais fontes desses compostos, como chá e frutas cítricas, são alimentos facilmente incorporáveis na dieta. Então, simples mudanças na alimentação podem ter um impacto positivo na redução do risco de câncer de ovário”, explica Aedin Cassidy, uma das autoras da pesquisa e professora da Universidade de East Anglia, na Inglaterra.