Dois
novos estudos mostram que não existem evidências que o aumento do consumo do
mineral seja capaz de aumentar a densidade óssea e previnir fraturas
Os estudos não encontraram evidências entre um
maior consumo de cálcio por meio da alimentação ou de suplementos e a redução da osteoporose e o aumento da densidade óssea
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Aumentar
o consumo de cálcio não melhora a saúde óssea e nem ajuda a reduzir o risco de
fraturas em pessoas com mais de 50 anos. Inclusive, o consumo exagerado de
suplementos pode causar diversos efeitos colaterais como problemas estomacais,
pedras nos rins, constipação e até doenças cardiovasculares. É o que dizem dois
novos estudos realizados por pesquisadores da Universidade de Auckland, na Nova
Zelândia, publicados na revista científica The BMJ.
Um
dos estudos analisou os resultados de 59 pesquisas realizadas anteriormente
sobre a relação entre o cálcio e a densidade óssea. De acordo com os
cientistas, aumentar o consumo diário de cálcio, seja na alimentação ou por
meio de suplementos, elevou em até 2% a densidade óssea. Entretanto, segundo a
pesquisa, esse aumento não é suficiente para reduzir o risco de fratura. Por
exemplo, as mulheres na pós-menopausa perdem, em média, 1% de densidade óssea
por ano.
O
segundo estudo analisou 40 pesquisas que relacionavam o consumo de cálcio por
pessoas com mais de 50 anos e o impacto disso na ocorrência de fraturas. De
acordo com os resultados, a ingestão da substância não aumentou nem reduziu o
risco. Em relação à ingestão de suplementos, o estudo também não encontrou
evidências consistentes que confirmem os benefícios para a saúde óssea.
"Não
há associação entre o risco de fraturas e o consumo de cálcio por meio da
alimentação e não existem estudos clínicos que mostrem que o aumento deste
consumo previna fraturas. Quanto aos suplementos à base de cálcio, as
evidências também são fracas e inconsistentes. O risco moderado de efeitos
colaterais causados pela ingestão de cálcio em excesso parecem superar as
pequenas reduções na perda da densidade óssea destas pessoas", escreveram
os autores.
Diante
dos resultados, o autores sugerem que sejam feitas alterações nas políticas
públicas de saúde para que o aumento da ingestão diário de cálcio por meio de
suplementos ou através de fontes alimentares deixe de ser recomendado. As
diretrizes atuais indicam a ingestão de 1.000 a 1.200mg de cálcio diariamente
para os idosos.
FONTE: veja.abril.com.br
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