Um estudo americano
mostrou que a prática de atividade física reduz a deterioração celular. O
trabalho envolveu 6.500 homens e mulheres com idade entre 20 e 84 anos
![]() |
A prática de atividade física contribuiu para a redução de 3% a 59% no encurtamento dos telômeros, estruturas celulares cujo desgaste corresponde ao envelhecimento celular (Thinkstock/VEJA) |
Praticar atividade
física ajuda a retardar o envelhecimento celular. É o que diz um estudo
publicado recentemente, no periódico científico Sports & Exercise.
O
novo estudo, realizado por pesquisadores das Universidades do Mississipi e da
Califórnia, ambas nos Estados Unidos, comprova que a prática de atividade
física (em qualquer quantidade) retarda a diminuição do comprimento dos
telômeros. Essas estruturas são pequenas cápsulas encontradas no final de
cadeias de DNA que o protegem contra possíveis danos causados pela divisão e
replicação celular. À medida que as células envelhecem os telômeros
naturalmente encurtam e se desgastam.
Sendo
assim, muitos cientistas usam a medida do comprimento dos telômeros para
determinar a idade biológica de uma célula. Também é importante ressaltar que o
desgaste destas estruturas pode ser acelerado por fatores como obesidade,
tabagismo, insônia, diabetes e outros aspectos relacionados ao estilo de vida.
As informações são do jornal americano The
New York Times.
O
trabalho da Universidades do Mississipi reuniu dados sobre a saúde de 6.500
participantes, com idade entre 20 e 84 anos. Após responderem perguntas
relacionadas à prática de exercícios, eles foram categorizados em quatro
grupos, de acordo com a quantidade de exercícios praticada. Os resultados
mostraram que para cada atividade realizada (caminhada, corrida ou ir ao
trabalho a pé ou de bicicleta), os riscos de encurtamento dos telômeros
diminuíram significativamente.
O
estudo também mostrou que quanto mais exercícios fossem incorporados à rotina,
menor era o risco do envelhecimento celular. Dessa forma, as pessoas que
realizavam apenas uma atividade eram 3% menos propensas a ter telômeros muito
curtos, em comparação com aquelas que não se exercitavam. Entre as pessoas que
realizavam dois tipos de exercícios, o índice subiu para 24%. Três tipos, 29%.
Quatro tipos, 59%.
Para
surpresa dos pesquisadores, a associação entre a prática de atividade física e
o tamanho dos telômeros foi mais forte entre as pessoas com idade entre 40 e 65
anos. De acordo com eles, essa descoberta sugere que a meia-idade pode ser um
momento chave para iniciar ou manter um programa de exercícios para afastar os
telômeros de encolhimento.
FONTE: veja.abril.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário