De acordo com novo estudo, pacientes com insuficiência que receberam uma dose diária da vitamina registraram melhora na função cardíaca.
Uma dose diária de vitamina D melhora a função cardíaca em
pacientes com insuficiência cardíaca. A conclusão é de um estudo apresentado na
segunda-feira durante o 65ª Congresso do Colégio Americano de Cardiologia,
realizado em Chicago, nos Estados Unidos.
Estudos anteriores já relacionaram a
deficiência de vitamina D - cuja produção está associada à exposição ao sol -
com a insuficiência e outros problemas cardíacos. Mas este é o primeiro a
mostrar que a suplementação da vitamina nestes pacientes pode, de fato,
melhorar a função cardíaca.
Para chegar ao resultado, pesquisadores da
Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha, realizaram um experimento com 160
pacientes com insuficiência cardiáca e que já estavam sob algum tratamento,
como o uso medicamentos ou de marca passo. Durante o período de um ano, os
participantes foram divididos em dois grupos: o primeiro recebeu doses diárias
da vitamina, enquanto o segundo tomou um placebo.
Após esse período, os participantes foram
submetidos a exames que mediam a função cardíaca. Os resultados mostraram que
aqueles que tomaram a vitamina tiveram uma melhora considerável na fração de
ejeção - quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada batimento. Enquanto
o grupo de controle não registrou nenhuma mudança.
Em geral, a fração de ejeção de uma pessoa
saudável fica entre 60% e 70%. Nos pacientes do estudo, contudo, a média de
fração de ejeção no início do experimento era de apenas 26%. Após a
suplementação, a função de bombeamento dos participantes que tomaram a vitamina
D subiu para 34%.
"Este é um avanço significativo para os pacientes e é a
primeira evidência de que a vitamina D pode melhorar a função cardíaca de
pessoas com fraqueza do músculo cardíaco - conhecida como insuficiência
cardíaca.", disse Klaus Witte, líder do estudo.
Para os autores, essa descoberta significa
que tomar vitamina D regularmente pode diminuir a necessidade de usar um
cardiodesfibrilador implantável (CDI), um dispositivo que detecta alterações
perigosas do ritmo cardíaco e, se necessário, libera um choque forte no peito
que provoca retorno do coração ao ritmo normal.
fonte: veja.abril.com.br
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