quinta-feira, 22 de julho de 2021

Olimpíadas e sua história



A cada quatro anos, atletas de centenas de países se reúnem num país sede para disputarem um conjunto de modalidades esportivas. A própria bandeira olímpica representa essa união de povos e raças, pois é formada por cinco anéis entrelaçados, representando os cinco continentes e suas cores. A paz, a amizade e o bom relacionamento entre os povos e o espírito olímpico são os princípios dos jogos olímpicos.

Os jogos olímpicos são competições muito antigas. Remontam à antiga civilização grega, em especial ao período clássico dessa civilização, no qual estiveram em seu auge cidades-estado como Atenas, Esparta e Tebas.

Os jogos levam esse nome pelo fato de, na Grécia Antiga, terem sido realizados em uma cidade-estado chamada Olímpia. Não se sabe com precisão as razões históricas para a escolha de Olímpia como sede dos jogos, mas há contornos mítico-religiosos nessa escolha que devem ser levados em consideração.

Conta a lenda que o herói grego Hércules (ou Héracles), filho do deus Zeus com uma humana, para comemorar o cumprimento do primeiro de seus Doze Trabalhos, inaugurou uma festa na cidade de Olímpia em homenagem a seu pai. Tal festa ficou caracterizada pelas competições de jogos esportivos, que levavam em conta o desempenho de força, velocidade, beleza de movimentos, etc.

Além dessa narrativa mítica, há outras históricas, mas que são também envoltas em mistérios. É o caso do grego Corobeu, que, conta-se, no ano de 776 a.C., teria vencido a primeira prova de corrida das Olimpíadas, tendo corrido da cidade de Elis até o estádio de Olímpia. Esse teria sido, em todo caso, o marco da origem do esporte olímpico conhecido como atletismo.

O fato é que, apesar da falta de precisão exata para definir a origem dos Jogos Olímpicos, os cidadãos das cidades-estado gregas, principalmente de Atenas e Esparta, realmente peregrinavam de quatro em quatro anos para Olímpia a fim de dedicarem-se à prática dos jogos esportivos. Essa prática tinha de fato relação com o culto a Zeus. Tanto é que, na abertura dos jogos, os participantes sacrificavam animais em homenagem ao pai de Hércules. As competições também tinham a função de celebrar as tréguas das guerras nas quais as cidades-estado gregas estavam frequentemente envolvidas.

Com o fim da civilização grega clássica, os jogos esportivos passaram a ter uma configuração muito particular em cada civilização posterior aos gregos, como os romanos, que se divertiam com a prática de esportes semelhantes, mas que não haviam estabelecido associação direta com os jogos de Olímpia.

Os Jogos Olímpicos, tal como os conhecemos hoje, só passaram a existir no fim do século XIX por obra de um aristocrata suíço chamado Pierre de Frédy, mais conhecido como Barão de Coubertin.

Coubertin foi um dos promotores dos Jogos Olímpicos de Verão de 1896, realizados em Atenas, capital da Grécia. Nesta primeira Olimpíada da Era Moderna, participam 285 atletas de 13 países, disputando provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, natação e tênis. Os vencedores das provas foram premiados com medalhas de ouro e um ramo de oliveira.


Símbolos Olímpicos

Existem símbolos que caracterizam os jogos olímpicos. Os mais importantes são:

Aros interligados

Os cinco aros interligados na bandeira das olimpíadas, que têm as cores azul, amarelo, preto, verde e vermelho, representam os cinco continentes e a união entre eles. É interessante notar que o fundo da bandeira é branco, isto porque é a única cor que está presente na bandeira de cada um dos países filiados ao COI. Este símbolo existe desde 1913 e posteriormente, também passou a ser a marca do próprio Comitê Olímpico Internacional.

Tocha

Apareceu pela primeira vez em Berlim (1936), é inspirada no fogo sagrado e purificador dos gregos antigos. Percorre diversos países, sendo conduzida pelos melhores esportistas de seus respectivos países. É mesmo emocionante ver a tocha chegar à pira olímpica no dia da abertura!

Lema Olímpico

É simples e inspirado também nos gregos - Citius, Altius, Fortius, ou seja, o mais rápido, o mais alto, o mais forte - reflete a ideia de superação do atleta em busca da conquista da medalha olímpica.

Mascote

São personagens que acabam caracterizando cada edição dos jogos olímpicos. A primeira foi criada em 1968 para os jogos da França. O objetivo das mascotes é criar um vínculo afetivo com o público e são criadas levando em consideração as características da cultura ou à fauna do local onde estão sendo realizados os Jogos.

Hino

Foi composto pelo compositor grego, Spirou Samara, com letra do músico, também grego, Cositis Palamas, em 1896. O COI adotou-o como “olímpico” em 1958. Desde então, o hino é executado quando a bandeira olímpica é hasteada em todas as cerimônias de abertura.

Juramento

Os atletas tem que fazer um juramento antes das competições iniciarem. A leitura do juramento cabe a um atleta do país anfitrião e tem seguinte conteúdo: “Em nome de todos os competidores, eu prometo participar nestes Jogos Olímpicos, respeitando e cumprindo com as normas que o regem, no verdadeiro espírito esportivo, pela glória do esporte e em honra às nossas equipes”.

Medalha

Todos correm atrás delas, mas só os melhores conseguem! As medalhas olímpicas de premiação (ouro, prata ou bronze) tem medida padronizada, deve ter, no mínimo, 60 mm de diâmetro e 3 mm de espessura. A medalha de ouro, que corresponde ao 1º lugar deve conter, obrigatoriamente, 6 g de ouro puro, no mínimo. Além disso, todos os atletas e oficiais recebem também uma medalha de participação, oferecida pelo comitê organizador local.


Brasileiros nas Olimpíadas

O Brasil marcou presença pela primeira vez nos jogos olímpicos em 1920, em Antuérpia, na Bélgica. As modalidades que representaram o Brasil na ocasião foram natação, remo e tiro. Os atletas viajaram de navio, mas sem nenhum luxo: tiveram que dormir no restaurante do navio, mas apenas depois que os clientes saíssem. Mesmo sem descanso e condições apropriadas, a equipe de tiro trouxe três medalhas de ouro, prata e bronze nas diferentes categorias.


quinta-feira, 15 de julho de 2021

A importância da vacinação



Muitos estão preocupados se devem ou não se vacinar em meio ao caos que se instala no mundo atualmente.

Mas a real situação é que existem outras doenças podendo ser tão graves como a COVID-19 e que afetam o sistema imunológico podendo causar graves problemas e sequelas.

As vacinas estimulam a produção das defesas do organismo por meio de anticorpos específicos. Logo, ensinam o corpo a se defender contra o vírus. Quando o vírus se instala no corpo o sistema de defesa é reativado pelo nosso sistema imunológico, fazendo com que a ação do vírus seja limitada ou totalmente eliminada antes que a doença se instale totalmente no corpo do indivíduo.

Por conta da COVID-19, a vacina da gripe ganhou um reforço neste ano, pois estão prevenindo as doenças que afetam o sistema imunológico e que protegem o organismo contra infecções e bactérias. Inclusa na carteirinha de vacinação, que é viável levá-la no dia da vacinação, está à vacina da Febre Amarela.

Enquanto aguardamos ansiosos para tomar a vacina da COVID-19, devemos ter em mãos a nossa carteirinha de vacinação para reconhecimento de quais vacinas devemos tomar. Inclusa nelas está à vacina da Febre Amarela.

Cabe a nós deixarmos nosso sistema imunológico saudável, incluindo alimentos ricos em nutrientes e micronutrientes, tomarmos vitamina D (ou até mesmo tomar sol), evitar o tabagismo e consumo de álcool, a prática de exercícios físicos e também a consulta com psicólogos para combate à depressão e ansiedade.

Quanto a vacinação em crianças, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) emitiu uma nota recomendando a vacinação mesmo com a pandemia.

Em tempos de pandemia pela nova Corona vírus é importante manter em dia a vacinação de rotina, garantindo a sua segurança e a da sua família.


Como a vacina atua no nosso corpo?

Quando nos vacinamos, apresentamos ao nosso corpo um antígeno até então desconhecido. O corpo passa, com isso, a produzir anticorpos contra ele. Nesse primeiro momento, a produção de anticorpos é relativamente lenta. Além da produção de anticorpos, o organismo produz células de memória, ou seja, células que, ao serem expostas novamente ao mesmo antígeno, serão capazes de produzir anticorpos mais rapidamente.

Em virtude da presença de células de memória, uma pessoa vacinada consegue que seu sistema imune atue de maneira mais rápida, evitando que a doença se desenvolva. Assim sendo, a vacina atua como um agente preventivo, devendo ser utilizada antes do contágio. Ela é considerada uma forma de imunização ativa, pois estimula nosso organismo a produzir substâncias de defesa.

quinta-feira, 1 de julho de 2021

1º de julho - Dia da Vacina BCG



O Dia da Vacina BCG é comemorado em 1º de julho, data da criação dessa importante vacina. A BCG (Bacilo Calmette-Guérin) é utilizada na prevenção da tuberculose, uma doença transmitida pela saliva e materiais contaminados e causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado de bacilo de Koch.

A vacina BCG foi criada pelos pesquisadores Albert Calmette e Camille Guerin a partir de uma bactéria responsável por desencadear mastite tuberculosa bovina, a Mycobacterium bovis. Sua primeira utilização foi feita em uma criança recém-nascida de mãe que apresentava tuberculose em 1921. No Brasil, ela começou a ser usada em 1927, e a cepa utilizada é chamada de BCG Moreau.

A eficácia da BCG é grande, principalmente na forma disseminada da tuberculose, em que a vacina garante cerca de 78% de proteção. Vale destacar que a proteção varia de acordo com o paciente e também com o país, uma vez que as cepas utilizadas para a fabricação das vacinas variam de acordo com a localidade. Apesar da vacina BCG ter sido criada com a finalidade de proteger contra a tuberculose, estudos garantem que essa vacina também garante certa proteção contra a hanseníase.

Inicialmente a vacina era administrada de maneira oral, só posteriormente que se adotou a aplicação intradérmica. No Brasil, essa nova forma de utilizar a BCG foi iniciada a partir de 1968 e baseia-se na injeção da substância no braço direito, mais precisamente na região deltoideana.

Desde 1976 o Ministério da Saúde tornou obrigatória a administração da BCG em crianças. Recomenda-se que ela seja aplicada em crianças entre 0 e 4 anos, de preferência no bebê recém-nascido. A vacina, no entanto, apresenta algumas contraindicações, tais como para crianças com peso inferior a 2kg, imunodeficientes, desnutridas, com erupções cutâneas generalizadas e que estão realizando tratamento com corticoides.

Atualmente a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda apenas uma dose da vacina, uma vez que a segunda dose não provoca um aumento considerável na proteção, não havendo evidências científicas de sua necessidade. Vale destacar que, em alguns países, a segunda dose ainda é administrada.

A BCG é segura e caracteriza-se por deixar uma pequena cicatriz no braço onde foi aplicada. Essa cicatriz aparece após uma reação que se inicia no local após aproximadamente duas semanas. É importante que os pais não se preocupem com a lesão que surge no braço, que, em muitos casos, lembra uma espinha. Entretanto, é importante ficar atento para lesões mais intensas e procurar um médico principalmente se for observado o surgimento de ínguas nas axilas.

Fonte: brasilescola