O funghi nada mais é do que um cogumelo desidratado ou seco. No Brasil é popularmente conhecido como Funghi Secchi e é encontrado em duas versões: a italiana, também chamada de Porcini (Boletus edulis), e a de origem chilena (Boletus luteus).
“A diferença entre eles está na cor e na suavidade do sabor. O funghi italiano é mais claro, um pouco mais delicado no sabor e de preparo mais rápido. Os chilenos são escuros e possuem um sabor mais evidente, por isso, exigem maior atenção na quantidade nas receitas culinárias”, explica o nutrólogo e presidente da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia), Durval Ribas Filho.
Em outras regiões, a preparação do funghi também é feita com cogumelos das espécies shitake e shimeji.
O fungo é fonte de vitaminas do complexo B, C e D, potássio, ferro, fósforo e magnésio. De acordo com o especialista, meia xícara (10 g) de funghi secchi tem cerca de 24 calorias, sendo considerado um alimento pobre em carboidrato, de baixo valor calórico e recomendado para dietas low carb.
O funghi ainda é rico em proteínas, não contém glúten e é uma ótima alternativa de substituição da carne para vegetarianos. “Especialmente as versões brancas, já que uma porção de 100g tem 3g de proteína”, indica o nutrólogo.
Previne o câncer
O funghi é um alimento rico em antioxidantes, como a ergotioneína e a glutationa, que auxiliam na prevenção de alguns tipos de cânceres.
“As propriedades nutricionais variam de acordo com o tipo de cogumelo. Mas todos possuem antioxidantes e o consumo regular de alimentos com essa propriedade protege o organismo dos radicais livres que podem causar problemas de saúde como o câncer”, destaca Ribas Filho.
O efeito anticancerígeno foi apontado em um trabalho científico, publicado no jornal Advances in Nutrition, que demonstrou que comer dois cogumelos de tamanho médio, por dia, pode reduzir em 45% as chances de desenvolver um câncer.
Fortalece os ossos
Conforme explicação do profissional, o funghi contém boas quantidades de minerais que são essenciais para a saúde óssea, como a vitamina D e o fósforo. Esses nutrientes ajudam no fortalecimento dos ossos e previnem fraturas e doenças como a osteoporose.
Evita doenças cardiovasculares
O alto teor de antioxidantes do funghi atua em favor da saúde cardíaca. Os ácidos fólico, glicogênio, as catequinas e os flavonoides combatem os radicais livres, a formação de placas de gordura nas artérias e evitam o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como aterosclerose e infarto.
Reduz o colesterol
O funghi ajuda a diminuir os níveis de colesterol LDL. Isso porque as fibras solúveis do alimento auxiliam na eliminação das gorduras dos alimentos e reduzem a absorção pelo organismo
Fortalece o sistema imunológico
O funghi fornece vitamina C, que fortalece o sistema imunológico. “Ainda são ricos em vitamina D, que combate a anemia; são uma excelente fonte de minerais, como potássio, fósforo e magnésio, além de selênio, que tem papel importante no sistema imunológico”, explica o nutrólogo.
Controla a anemia
Além da forte presença de vitamina D, o funghi é rico em ferro, mineral importante para o combate e prevenção da anemia, pois atua age no transporte de oxigênio e na formação de hemácias no sangue.
“Para melhor absorção do ferro de origem vegetal, é recomendado que se consuma, na mesma refeição, um alimento fonte de vitamina C, como um suco de limão ou uma fruta, por exemplo”, aconselha Durval.
Previne o diabetes
A ingestão de fibras e de beta-glucanas, presentes no funghi, regula os níveis de açúcar no sangue, o que previne o desenvolvimento de diabetes e controla a taxa de glicose de diabéticos. Essa ação foi evidenciada em um estudo científico realizado pelo Departamento de Nutrição, da Universidade Federal do Paraná (UFP).
Melhora o trânsito intestinal
Com o alto teor de fibras, o funghi promove a formação do bolo fecal e evacuação das fezes, evitando a constipação e desconfortos intestinais.
Auxilia na perda de peso
O funghi é uma ótima opção para quem deseja perder peso. Isso porque ele possui baixo valor calórico e promove saciedade, graças às fibras, que evitam a sensação de fome nos intervalos das refeições.
“O alimento não contém glúten e não há uma quantidade recomendada diária a ser consumida. Mas a regra de qualquer dieta saudável é a variedade de alimentos e sem excesso de uma única categoria. Uma média de 200 a 300 gramas por semana é o suficiente”, afirma o nutrólogo.
Como conservar o funghi?
De acordo com o nutrólogo, antes de tudo, no momento da compra é importante verificar se o funghi está firme, com coloração forte e sem manchas escuras na superfície. Na higienização, é preciso esfregar levemente o cogumelo com uma toalha de papel umedecida e em seguida enxaguar. O armazenamento do alimento deve ser feito na geladeira.
“O cogumelo seco pode ser armazenado por até dois anos em local fresco e livre de umidade. Após aberto, o cogumelo em conserva pode ficar na geladeira até o término do seu prazo de validade”, informa.
Contraindicações
O funghi não é recomendado para pessoas com sensibilidade ou alergia a cogumelos. Durval Ribas Filho destaca que antes do consumo, é importante saber a procedência do ingrediente.
“O ideal é checar os selos de inspeção e quem é o produtor responsável. Deve-se evitar o consumo de espécies desconhecidas e, de forma alguma, colher cogumelos por conta própria, pois existem várias contraindicações ao consumo e até mesmo venenosos”, alerta.
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