quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Comer nozes todo dia pode aumentar a longevidade

Estudo da Universidade Harvard mostrou que pessoas que consomem alimentos como nozes, amêndoas e avelãs tendem a viver por mais tempo


Nozes
Hábito: Alimentos como nozes, amêndoas e avelãs, se consumidos todos os dias, reduzem risco de morte por doenças como o câncer (Sandra Van der steen/Getty Images/Hermera)
Comer uma porção de nozes, castanhas, amêndoas, avelãs e outras sementes oleaginosas todos os dias pode ser um dos segredos para a longevidade. Um estudo feito na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, descobriu que pessoas que têm esse hábito desfrutam de uma melhor qualidade de vida do que aquelas que nunca consomem esses alimentos. Elas também costumam viver por mais tempo e correr menos risco de morrer por causas como câncer e doenças cardíacas e respiratórias. A pesquisa foi publicada nesta quinta-feira na revista The New England Journal of Medicine.
O estudo se baseou nos dados de quase 120 000 pessoas que foram acompanhadas durante 30 anos. Os pesquisadores dividiram os participantes em grupos de acordo com a frequência com que comiam frutos como nozes – desde indivíduos que nunca consumiam até aqueles que ingeriam todos os dias.
De acordo com as conclusões, o risco de as pessoas que mais consumiam oleaginosas morrerem durante o estudo foi 20% menor do que o daquelas que nunca comiam esses alimentos. A prevalência de morte prematura também foi menor entre esses participantes. O resultado pode ser explicado também pelo fato de que as pessoas que mais comiam nozes praticavam mais atividade física, eram mais magras e não fumavam.
Os pesquisadores explicam que consumir oleagionosas ajuda a reduzir os níveis do colesterol “ruim” (o LDL) e a controlar a pressão arterial, inclusive em situações de stress.
Segundo os autores, muitas pessoas temem consumir esses frutos pelo seu alto teor de gordura. Diversos estudos, no entanto, mostraram que quem consome oleagionosas com maior frequência é menos propenso a ganhar peso. "As nozes contêm gorduras saudáveis e são ricas em proteínas e fibras, o que retarda a absorção dos alimentos e diminui o apetite", diz Frank Hu, professor de nutrição e epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública de Harvard e coordenador da pesquisa.
fonte: veja.abril

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Agrotóxicos são inimigos da alimentação saudável

Produtos químicos são usados para combater pragas durante plantação.É importante lavar bem alimentos ou fazer compras em feiras ecológicas.



Os agrotóxicos são vilões tanto para os produtores das frutas, legumes e verduras, como para as pessoas que vão consumi-las. A Secretaria de Saúde de Pernambuco, no entanto, orienta que ainda é melhor consumir estes alimentos do que procurar produtos industrializados. "Geralmente os produtos industrializados tem mais sódio e gordura", afirma o técnico de intoxicações exógenas da secretaria, Pedro Albuquerque. A Organização das Nações Unidas (ONU) comemorou o Dia Mundial da Alimentação Saudável na última quarta-feira (16).
Agrotóxicos são produtos usados para combater pragas na plantação e fazem mal à saúde do homem. Pelo cheiro ou pela aparência, não é possível identificar se uma fruta tem ou não essas substâncias. A secretaria estadual de Saúde faz análises mensais dessas frutas, quando são recolhidas amostras e levadas ao laboratório.

"Ano passado, as amostras de tomate que analisamos foram consideradas satisfatórias. Não é que não tenham agrotóxico, mas eles estavam em níveis aceitáveis", explicou Albuquerque, em entrevista ao Bom Dia Pernambuco na segunda-feira (14/10). O pimentão foi o produto mais reprovado - 91% das amostras foram consideradas acima do limite permitido para agrotóxicos.
Para garantir a limpeza dos alimentos, o técnico ressalta que é importante lavar bem antes de consumir as verduras, frutas e legumes. A lavagem deve ser feita com água corrente e a tradicional gotinha de água sanitária. Mesmo assim, ela não retira 100% dos resíduos venenosos.

Quem preferir, pode também procurar as feiras agroecológicas do Recife, apesar de um pouco mais caras. "É um sistema alimentar saudável, onde o alimento não tem agrotóxico e é comercializado diretamente entre a feira e o produtor", explica.
fonte: g1.globo.com

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Caminhadas diárias reduzem risco de câncer de mama

Pesquisa apontou que quem anda uma hora diariamente diminui risco da doença em 14%
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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Dormir pouco - ou muito - aumenta a chance de desenvolver doenças do coração, obesidade e diabetes

Nova pesquisa mostra que pessoas que dormem menos de seis ou mais de dez horas por dia podem desenvolver uma série de doenças crônicas

Dormir pode ajudar no aperfeiçoamento de algumas habilidades, mas cientistas não sabem se isso ocorre às custas de outras
Segundo pesquisadores, poucas horas de sono costumam causar problemas psicológicos como ansiedade, stress e depressão, além de favorecer a obesidade. Isso pode acarretar em uma série de doenças crônicas (iStockphoto)
Um novo estudo realizado por pesquisadores americanos encontrou uma relação entre o pouco ou muito tempo de sono e uma série de problemas crônicos de saúde. Segundo os cientistas, pessoas que dormem menos de seis ou mais de dez horas por dia têm maiores chances de desenvolver doença coronariana, diabetes, AVC, ansiedade e obesidade. O estudo foi realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, agência responsável por realizar pesquisas de saúde pública que possam embasar decisões do governo, e publicado na revista SLEEP.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Sleep Duration and Chronic Diseases among US Adults Age 45 Years and Older: Evidence From the 2010 Behavioral Risk Factor Surveillance System

Onde foi divulgada: periódico SLEEP

Quem fez: Janet Croft, entre outros

Instituição: Centro de Controle e Prevenção de Doenças, Estados Unidos

Dados de amostragem: 54.000 americanos com 45 anos ou mais

Resultado: Os pesquisadores descobriram que as pessoas que dormiam menos de seis ou mais de dez horas por noite tinham maiores chances de apresentar sofrimento mental ou obesidade, o que aumentava suas chances de desenvolver diabetes, AVC e doença coronária
Uma série de pesquisas já tentou medir a relação entre os problemas de sono e doenças como AVC e diabetes. Dessa vez, no entanto, os pesquisadores pretenderam analisar como os dois maiores problemas causados pela falta de sono — obesidade e ansiedade — poderiam se relacionar com uma série de doenças crônicas que atingem a população. "Algumas das relações que existem entre o sono não saudável e as doenças crônicas podem ser parcialmente explicadas pelo sofrimento mental frequente causado por esse problema, além do ganho de peso que costuma acontecer entre esses pacientes", diz Janet Croft, pesquisador do CDC e um dos autores do estudo.
Para chegar ao resultado, os cientistas analisaram a saúde de 54.000 americanos com 45 anos ou mais. Quase um terço dos participantes (31%) afirmaram que dormiam poucas horas por dia, ou seja, que não costumavam ter mais de seis horas de sono. Mais de 64% dos participantes afirmaram que tinham um sono ideal e apenas 4% disseram que dormiam demais — mais de dez horas por noite.
Como resultado, os pesquisadores descobriram que os voluntários que dormiam poucas horas registravam um índice maior de obesidade e sofrimento mental, caracterizado por um período grande de ansiedade, stress e depressão. Além disso, eles possuíam uma maior prevalência de doença coronariana , AVC e diabetes do que os indivíduos com horas normais de sono.
Já os voluntários que dormiam muito tiveram índices semelhantes de obesidade e sofrimento mental em comparação aos que dormiam pouco, mas apresentaram quantidades ainda maiores de doença coronária, AVC e diabetes. “Dormir mais não significa necessariamente que você está dormindo bem. É importante entender que tanto a quantidade quanto a qualidade de sono impactam a saúde", afirma Safwan Badr, presidente da Academia Americana para Medicina do Sono.  "Um estilo de vida saudável e equilibrado não se limita a dieta e exercícios; quando e como você dorme é tão importante quanto o que você come ou como se exercita."
Os pesquisadores sugerem que os pacientes que sofrem de alguma dessas doenças crônicas procure, além do tratamento adequado, um médico que possa avaliar seus padrões de sono. "É fundamental que os adultos busquem ter de sete a nove horas de sono por noite para receber seus benefícios de saúde, mas isso é especialmente verdadeiro para aqueles que possuem alguma dessas condições crônicas. Doenças comuns do sono — incluindo a apneia e insônia — ocorrem com frequência entre essas pessoas e podem dificultar sua capacidade de dormir tranquilamente", diz Badr.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Mudar o estilo de vida pode reverter envelhecimento celular

Pesquisa mostra que a adoção de uma dieta vegetariana acompanhada de exercícios físicos e meditação pode fazer com que o DNA no interior das células se recupere do desgaste acumulado ao longo do tempo

cromossomos
Os telômeros são estruturas que existem nas pontas dos cromossomos e servem para impedir seu desgaste. Ao longo do tempo, no entanto, eles vão diminuindo de tamanho, contribuindo para o envelhecimento das células (Thinkstock)
Os pesquisadores sabem há bastante tempo que mudanças no estilo de vida — como a adoção de dietas e a prática de exercícios físicos — podem melhorar a saúde de um indivíduo, prevenindo problemas cardíacos e aumentando sua expectativa de vida. Uma pesquisa publicada na revista The Lancet Oncology nesta terça-feira mostra, pela primeira vez, que essas mesmas mudanças também podem impedir, e até reverter, o envelhecimento das próprias células do indivíduo — e do DNA em seu interior.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Effect of comprehensive lifestyle changes on telomerase activity and telomere length in men with biopsy-proven low-risk prostate cancer: 5-year follow-up of a descriptive pilot study

Onde foi divulgada: periódico The Lancet Oncology

Quem fez: Dean Ornish, entre outros pesquisadores

Instituição: Universidade da Califórnia, EUA, entre outras

Dados de amostragem: 35 homens diagnosticados com câncer de próstata de baixo risco. Dez deles foram selecionados para passar por um tratamento que demandava mudanças completas em seu estilo de vida, como a adoção de uma dieta vegetariana, um regime de exercícios físicos e a prática de meditação. Os outros 25 não receberam esse tipo de instrução.

Resultado: Os pesquisadores analisaram os tamanhos dos telômeros no DNA dos indivíduos antes do tratamento e cinco anos após seu início. Nos indivíduos que mudaram de estilo de vida seu comprimento aumentou, em média, 10%. Já, entre aqueles que não passaram por nenhum tratamento, eles reduziram 3%
Os telômeros são estruturas de proteína localizados no final de cada cromossomo. Eles fornecem uma proteção semelhante à presente nas pontas dos cadarços. Eles costumam envolver as extremidades do DNA, ajudando a mantê-lo estável e impedindo seu desgaste. No entanto, conforme as células se dividem, os telômeros se tornam mais curtos e mais frágeis. Assim, com o passar do tempo, eles se tornam menos capazes de proteger os cromossomos e podem ser usados como uma espécie de indicador da idade das células.
Os pesquisadores já sabem que comprimentos menores dos telômeros estão associados a um risco maior de morte prematura e doenças relacionadas com a idade, incluindo muitas formas de câncer — como o de mama, próstata, pulmão e colorretal —, doenças cardiovasculares, demência, AVC, osteoporose e diabetes.
Em seu estudo, os pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, analisaram se mudanças no estilo de vida poderiam ter influência direta no próprio tamanho dos telômeros e não só na saúde geral do corpo. Para isso, analisaram o DNA de um pequeno grupo de homens diagnosticados com câncer de próstata de baixo risco, e que não tinham sido submetidos a tratamentos convencionais como cirurgia ou radioterapia.
Dez desses homens foram selecionados para passar por um tratamento que incluía uma mudança completa em seu estilo de vida, incluindo a adoção de uma dieta vegetariana, um regime de exercícios físicos moderados,  a prática de técnicas de gerenciamento de stress — como meditação e ioga — e uma maior proximidade com família e amigos. Outros 25 homens serviram como um grupo de controle, e não passaram por nenhum tipo de tratamento.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Alimentação rica em carboidratos e doces eleva risco de câncer de mama

Segundo pesquisa feita com mais de 300.000 mulheres, dieta com alta carga glicêmica eleva chance de um tipo da doença menos comum, porém mais nocivo

câncer de mama
Alta carga glicêmica: segundo estudo, dieta rica em carboidratos e doces eleva risco de câncer de mama (Thinkstock)
Uma dieta com alta carga glicêmica, ou seja, rica em alimentos que provocam rapidamente um pico de açúcar no sangue, como carboidratos e doces, pode aumentar o risco de uma mulher ter uma forma menos comum, no entanto mais agressiva, de câncer de mama. Essa é a conclusão de uma pesquisa desenvolvida na Agência Internacional para Pesquisa em Câncer, que fica na cidade francesa de Lyon, e publicada na edição de agosto do periódico The American Journal of Clinical Nutrition.

Saiba mais

ALIMENTAÇÃO COM ALTA CARGA GLICÊMICA
Inclui alimentos que aumentam rapidamente as taxas de açúcar no sangue, como carboidratos processados, açúcar branco, frutas em calda enlatadas, farinha branca, batatas e pães, por exemplo. É deficiente em alimentos integrais, ricos em fibras.
O estudo se baseou em dados aproximadamente 335.000 mulheres de 34 a 66 anos de idade, que foram acompanhadas pelos pesquisadores ao longo de 12 anos. Durante esse período, 11.576 participantes foram diagnosticadas com câncer de mama. Quando os autores analisaram o risco da doença de maneira geral, eles não identificaram associação com uma dieta de alta carga glicêmica. No entanto, quando eles olharam apenas para pacientes que já haviam passado pela menopausa e para um tipo específico do câncer, o ER-negativo, uma alimentação rica em doces e carboidratos elevou o risco da doença em 36%. Esse tipo de câncer de mama atinge uma em cada quatro mulheres com a doença e costuma ter um prognóstico pior pois, além de crescer mais rapidamente, não é sensível aos tratamentos com hormônios.
Inimiga — Os autores desse estudo explicam que uma alimentação que aumenta o índice glicêmico está associada a maiores níveis de insulina, hormônio que regula açúcar no sangue. E, de acordo com eles, grandes quantidades de insulina vêm sendo ligadas à incidência de certos tipos de câncer por algumas pesquisas, possivelmente pelo fato de que o hormônio é capaz de ajudar os tumores a crescerem.
FONTE: veja.abril

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Dormir de 7 a 8 horas por dia tem relação com dieta mais saudável

Pessoas que dormem a quantidade de horas recomendada também mantêm uma dieta com maior variedade de nutrientes

Dormir
De acordo com estudo, quem se alimenta melhor tem sono mais saudável (Thinkstock)
Diversos estudos já demonstraram a relação entre o sono e a saúde. Dormir poucas horas por noite, por exemplo, está associado a um risco maior de obesidade e de doenças cardiovasculares e psiquiátricas. Dormir demais, no entanto, também é considerado prejudicial para o desenvolvimento físico e mental. Agora, um novo estudo da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, analisou uma nova vertente dessa relação. Segundo a pesquisa, aquelas pessoas que dormem a quantia recomendada de horas por noite (sete a oito horas) são também aquelas que consomem a maior variedade de alimentos.
Para realizar o estudo, que será publicado no periódico Appetite, os pesquisadores utilizaram dados de 2007 e 2008, provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (National Health and Nutrition Examination Survey — NHANES), financiada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). O levantamento inclui dados demográficos, socioeconômicos, nutricionais e de saúde. Os 4.548 participantes foram divididos em quatro grupos, de acordo com as horas de sono diárias: “muito pouco” (menos de 5 horas), “pouco” (5 a 6 horas), “padrão” (7 a 8 horas) e “muito” (9 horas ou mais).
Quantidade e qualidade — Em relação à quantidade de calorias (kcal) ingeridas, os dois grupos extremos — o que dormia nove horas ou mais e o que dormia menos de cinco —, consumiram as menores quantidades de calorias (1.926 kcal e 2.036kcal, respectivamente). O grupo considerado normal ingeriu 2.151 kcal, enquanto aqueles que dormiam pouco consumiram a maior quantidade, 2.201 kcal - de acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira (Ministério da Saúde, 2006), a ingestão média diária de calorias para um brasileiro saudável é de 2000 kcal. As pessoas com o sono de duração normal foram aquelas que consumiram a maior variedade de alimentos, seguidas por quem dorme pouco e por aqueles que dormem muito. A menor variedade de alimentos foi ingerida pelos participantes que dormiam muito pouco.
Foram encontradas diferenças nutricionais entre os grupos, mas elas eram guiadas por nutrientes-chaves. Pessoas que dormiam muito pouco consumiam menos água, licopeno (encontrado em alimentos de cor vermelho alaranjada) e carboidratos. Aqueles que dormiam pouco ingeriam menos vitamina C, selênio (micronutriente de frutas secas e carne) e água, mas consumiam mais luteína (caroteóide ligado à coloração amarelo-limão) e zeaxantina (encontrada nos vegetais amarelos, alaranjados, vermelhos e verdes). Já quem dormia mais ingeria menos teobromina (substância encontrada no chocolate e no chá), ácido dodecanóico (um tipo de gordura saturada), colina (nutriente que faz parte do complexo B de vitaminas) e carboidratos, além de mais álcool.
Segundo Michael A. Grandner, integrante da equipe de pesquisadores, não é possível, no entanto, inferir pelos resultados do estudo se é a alimentação que influencia o sono, ou se é o sono que influencia as escolhas nutricionais. “A principal descoberta é o fato de que as pessoas que dormem de 7 a 8 horas têm a dieta mais saudável. Isso sugere que quem se alimenta melhor provavelmente tem quantidades mais saudáveis de sono”, afirma Grandner.
FONTE: veja.abril