quarta-feira, 22 de junho de 2016

Uso prolongado de analgésicos traz riscos à saúde

Enquanto nos Estados Unidos os opioides são o problema, no Brasil a preocupação é com o abuso de analgésicos comuns e anti-inflamatório.
O consumo excessivo de analgésicos simples, como paracetamol e dipirona, e anti-inflamatórios aumenta o risco de lesões estomacais, sangramentos, danos hepáticos e renais.

O risco no uso prolongado de analgésicos opioides, como a morfina, é maior do que se imagina. De acordo com um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), o hábito pode provocar dor crônica. Ainda mais grave, um estudo publicado recentemente no periódico científico JAMA associou o uso contínuo de opioides a um significativo aumento no risco de morte.
De acordo com Paulo Renato Fonseca, diretor científico da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (Sbed), enquanto nos Estados Unidos há uma crescente preocupação com o abuso de opioides, no Brasil, o problema é o consumo excessivo de analgésicos simples, como paracetamol e dipirona, e de anti-inflamatórios, como nimesulida e cetoprofeno.
“Esse comportamento é um dos principais desencadeantes da dor crônica, pois a causa da dor é no início ignorada e/ou contornada com o uso dessas drogas. Mas, após tomar um remédio específico por um tempo, seu efeito deixa naturalmente de ser percebido e a pessoa tende a ingerir uma dose superior. Isso a deixa sob o risco de lesões estomacais, sangramentos, danos hepáticos e renais”, diz o especialista.
Por outro lado, no que diz respeito aos opioides, o Brasil está entre os 10 países com as menores taxas de prescrição do mundo. “Aqui, a taxa de consumo é cerca de 20 vezes inferior à de consenso, que é 192,9 mg ao ano por pessoa. Podemos entender assim que a dor nos brasileiros é subtratada”, afirma Fonseca.
Segundo o especialista, isso ocorre por dois motivos. O primeiro é a falha dos profissionais ao mensurar e identificar a dor nos pacientes. Outro grande impasse é a necessidade do receituário amarelo para este tipo de medicamento, que reduz a quantidade de profissionais que podem prescrevê-lo. A principal consequência disso é o sofrimento dos pacientes. Por outro lado, também há um receio, por parte dos pacientes, em tomar este tipo de medicamento, mesmo quando há prescrição médica.
Pesquisas indicam que, no Brasil, cerca de 60 milhões de pessoas convivem com o problema da dor sub ou não tratada. Nos pacientes com câncer, estudos estimam que mais de 50% deles sofrem dor crônica e, em mais de um terço deles, a dor é intensa, segundo informações da Sbed. “Temos que encontrar o caminho do meio, o equilíbrio: usar os opioides em casos indicados. Com o correto acompanhamento seu uso é sim adequado e recomendado”, ressalta Fonseca.
Opioides - A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica o uso de analgésicos opioides como opção de tratamento para o controle da dor aguda e crônica de intensidade moderada e forte, de acordo com as escalas de mensuração estabelecidas globalmente. Este tipo de medicamento também é um dos componentes da anestesia geral.
A preocupação com o uso de opioides se agravou após o aumento do número de mortes associadas à overdose destes medicamentos, principalmente nos Estados Unidos. Tanto que, recentemente, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) lançou, pela primeira vez, diretrizes sobre o uso e prescrição de analgésicos desta classe terapêutica como oxicodona, metadona, morfina e derivados da codeína.
Por Giulia Vidale

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Bebidas muito quentes podem causar câncer de esôfago, alerta OMS

A ingestão nociva é de bebidas com temperatura de 65º C ou mais



Beber café, chá ou mate muito quente é um hábito que pode causar câncer de esôfago, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com um relatório divulgado pela Agência Internacional para a Pesquisa sobre Câncer (IARC, na sigla em inglês) nesta quarta-feira, o consumo de bebidas a 65ºC ou mais provavelmente é cancerígeno.

“Estes resultados sugerem que o consumo de bebida muito quente é possivelmente responsável pelo câncer de esôfago e que a temperatura, e não a bebida em si, é o fator envolvido”, declarou Christopher Wild, diretor do IARC, ao apresentar o estudo realizado por um comitê de 23 especialistas.

Segundo a OMS, a maioria dos cânceres de esôfago ocorre em certas regiões da Ásia, da América do Sul e da África Oriental, onde o consumo de bebidas muito quentes é frequente. Estudos realizados na China, Irã e Turquia, e no caso do mate, no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, onde as infusões geralmente são ingeridas a pelo menos 70ºC, demonstraram que o risco de câncer aumenta com a temperatura da bebida. No entanto, segundo a IARC, ainda não há indicações sobre a proporção de casos de câncer de esôfago ligados ao consumo de bebidas muito quentes.

O câncer de esôfago é o oitavo mais comum no mundo e uma das principais causas de morte por câncer, com cerca de 400.000 mortes em 2012 (5% de todas as mortes pela doença).

Revisão — O relatório, que revisou mais de mil estudos, concluiu também que, se ingeridos em temperaturas “normais”, o café e o mate não causam câncer. Em 1991 o café foi incluído na lista de alimentos “possivelmente cancerígenos”, pela IARC, por ser suspeito causar câncer na bexiga. Mas essa nova análise mostrou que o consumo da bebida não oferecia efeitos cancerígenos no pâncreas, mamas e próstata, além de “observar a redução de riscos no câncer de fígado e endométrio uterino”.


quarta-feira, 8 de junho de 2016

O que se deve comer antes e depois de fazer exercícios

A alimentação antes do treino é a mais importante. Segundo especialista, ela deve ser ajustada para o tipo de atividade





Quando ciclistas colombianos viajaram à França para competir pela primeira vez no famoso Tour de France, em 1984, levaram consigo um suplemento energético que nunca tinha sido visto naquelas estradas: a rapadura.

Esse alimento chamou tanta atenção que os colegas de outras equipes – e outras nacionalidades –, vendo os colombianos escalarem as montanhas "como se estivessem descendo", começaram a pedir um pedaço dos "tijolos" que eles comiam.

A utilização do açúcar como um aliado dos ciclistas é apenas uma anedota, mas revela uma verdade bem conhecida: alimentação é essencial para os atletas, especialmente porque é a fonte de energia para a competição.

Por isso, é importante saber qual é a melhor maneira de se alimentar na hora de fazer um exercício.

"O equívoco mais comum é acreditar que, para melhorar fisicamente, deve-se parar de comer", disse à BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC, o treinador esportivo Jesus Madrid Mateu, coordenador na Mocri, empresa que trabalha com atletas de Fórmula 1 e golfe.

"O que precisa mudar é a composição corporal. Não se trata apenas de reduzir a ingestão de calorias, é necessário melhorar a qualidade e quantidade dos alimentos", acrescentou.

E quais são os alimentos que devem ser consumidos antes, durante e depois de qualquer esporte?

"É muito importante a comida antes e depois do treinamento. Ela deve ser de qualidade e ajustada para o tipo de atividade física", disse o especialista.


Antes do exercício

Para a nutricionista argentina Cynthia Zyngier, especialista em esportes, o principal é a alimentação antes do exercício.

Estima-se que um treino cardiovascular normal em uma academia gaste cerca de 900 calorias.

"É aconselhável comer carboidratos complexos, como massas, arroz, batatas, pão e vegetais cerca de duas horas antes da prática", disse.

A ideia é que esse tipo de alimento é digerido rapidamente e fornece ao corpo a energia necessária para o movimento.

No entanto, muitas pessoas não possuem duas horas, especialmente na parte da manhã, para digerir um prato de macarrão ou de legumes com arroz.

"Essas pessoas são aconselhadas a consumir carboidratos simples, como leite ou iogurte, que são digeridos mais rapidamente", disse Zyngier.


Digestão lenta

Mas o que você não deve comer antes de ir para a academia?

Acima de tudo, qualquer alimento que mantenha o estômago ocupado.

"Duas coisas importantes: não comer alto teor de gordura ou de fibra. Esses geralmente demoram cinco ou seis horas para serem digeridos", disse Zyngier.

Pão integral, cascas de frutas e outros alimentos integrais são considerados parte do grupo.

"Quando você está fazendo a digestão, o sangue se concentra nesse processo e não na necessidade de dar ao corpo o necessário para se mover", disse ele.

"Essa combinação geralmente produz desconforto gastrointestinal durante o exercício", disse a nutricionista.


Hidratação

É raro ver atletas comerem no meio de uma competição, embora em longas sessões, como uma corrida de bicicleta ou uma maratona, há desde a rapadura dos ciclistas colombianos até as bananas consumidas por vários competidores.

No entanto, há uma coisa que não pode faltar, segundo os especialistas: água. A primeira máxima do atleta é manter uma boa hidratação.

"Se a atividade não dura mais de uma hora, o melhor é tomar entre meio litro e um litro de água. Nada mais", disse ele.

"Se durar mais tempo, então você tem que começar combinando hidratação com açúcares, que geralmente vêm em bebidas esportivas ", acrescentou Zyngier.

E apesar de existirem vários mitos sobre o que comer depois de fazer algum exercício, o garantido é que a nutrição é essencial para a recuperação física.

"Para evitar ficar nesse estado de cansaço e exaustão, o ideal é consumir novamente algum tipo de carboidrato, como leite com chocolate, pão branco e alguma proteína", explica Zyngier.

"É aconselhável que seja o mais rápido possível após o exercício. É ideal tentar recuperar todo o peso líquido que foi perdido durante a competição ou na academia."

fonte: saude.ig.com.br

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Tomar cerveja moderadamente faz bem ao coração

Estudo concluiu que o consumo de 330 ml diários (pouco menos de uma lata) da bebida para mulheres e 660 ml (pouco menos de duas latas) para os homens seria o suficiente para diminuir o risco de doenças cardiovasculares.


Mais um bom motivo para o happy hour: uma pesquisa mostrou que beber uma quantidade moderada de cerveja diariamente pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares em 25%. O estudo, publicado recentemente na revista científica Nutrition, Metabolism & Cardiovascular Disease, concluiu que o consumo de 330 ml diários (pouco menos de uma lata) da bebida para mulheres e 660 ml (pouco menos de duas latas) para os homens seria o suficiente para diminuir o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC) e doença arterial.
Para chegar a esta conclusão, pesquisadores do Instituto Neurológico Mediterrâneo, na Itália, revisaram 150 estudos sobre o assunto. Eles também descobriram que, a menos que se tenha alguma pré-disposição para doenças relacionadas ao consumo de álcool ou algum tipo de dependência da substância, a ingestão diária dessa quantidade não aumenta o risco de demência, câncer e outras doenças.
De acordo com os autores, o álcool e outros químicos presentes na bebida são responsáveis por esse efeito positivo. A cerveja contém altos níveis de antioxidantes – compostos que eliminam químicos nocivos à saúde -, além de minerais, como fósforo, iodo, magnésio e potássio e uma baixa quantidade de açúcar.
Eles ressaltam, contudo, que beber em excesso ou em binge (consumir pelo menos cinco doses de bebida alcoólica, no caso dos homens, ou quatro doses, no caso das mulheres, no período de duas horas) continua sendo uma prática contraindicada. Nesse caso, a bebida está relacionada a prejuízos para a saúde.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Atividade física regular reduz o risco de câncer

De acordo com um novo estudo, a prática regular de exercício diminui em 7% a probabilidade de desenvolver qualquer tipo de tumor


Praticar atividades físicas regularmente reduz o risco de desenvolver 13 tipos de câncer. De acordo com o estudo publicado na revista científica JAMA Internal Medicine, a prática de exercícios está associada a uma redução de 7% na probabilidade de desenvolver qualquer tipo de tumor.
"Nossos resultados mostram que a relação entre exercício e redução do risco de câncer pode ser generalizada em diferentes grupos de pessoas, incluindo aquelas com sobrepeso e as que foram fumantes", explicou Steven Moore, principal autor do estudo.
A pesquisa, realizada pelo Instituto Nacional do Câncer, dos Estados Unidos, revisou 12 estudos americanos e europeus feitos entre 1987 e 2004, com 1.4 milhão de participantes. Durante cerca de onze anos de acompanhamento, 186.932 casos da doença foram diagnosticados entre os participantes. Em seguida, os autores relacionaram os dados sobre a prática de atividade física com o risco de desenvolvimento de 26 tipos de câncer.
Os resultados apontaram que uma vida ativa fisicamente está associada a um menor risco no desenvolvimento de pelo menos 13 tipos de câncer. Por exemplo, a prática de exercícios está relacionada à uma redução de 42% no risco de câncer de esôfago e 25% no caso de tumores no fígado e pulmão. Em média, a prática regular de exercício físico estava associada à redução de 7% no risco de desenvolver qualquer tipo de câncer.
Por outro lado, a atividade física regular foi associada a um aumento em dois tipos de câncer: próstata (+5%) e melanoma (+27%). No caso do melanoma, tipo agressivo e letal de câncer de pele, o índice foi observado apenas em regiões onde há alta incidência de raios UV e os autores acreditam que esse aumento esteja relacionado à prática de atividade física ao ar livre. Já em relação ao câncer de próstata, não há uma hipótese de relação direta, mas os autores acreditam que homens que se exercitam mais também tendem a se cuidar mais e, assim, são mais diagnosticados.
Na maioria dos casos, a relação entre atividade física e redução do risco de câncer foi mantida independente do peso e do hábito de fumar dos participantes. As atividades às quais o estudo se refere são: caminhar, correr, nadar ou pedalar, em um ritmo que pode ir de pausado a intenso, durante 150 minutos por semana.
"Estes resultados sustentam a promoção da atividade física como um componente chave dos esforços de prevenção e controle do câncer em toda a população.", disse Moore. Apesar dos resultados, os autores advertem que fatores como dieta, tabagismo entre outros, podem afetar o risco de desenvolvimento de tumores.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Insônia danifica região do cérebro ligada à emoção

De acordo com novo estudo, a relação pode justificar a sensação de tristeza após noites mal dormidas



De acordo com o estudo, pessoas com insônia constante apresentaram danos significativos na matéria branca de regiões do cérebro responsáveis pelo controle das emoções e da consciência, quando comparados com indivíduos com sono regular

Não ter uma boa noite de sono danifica o cérebro. Principalmente as partes relacionadas à emoção e à consciência. De acordo com um estudo publicado recentemente no periódico científico Radiology, essa pode ser a explicação para o motivo de você se sentir um pouco depressivo após uma noite de insônia.
Segundo informações do jornal britânico Daily Mail, pesquisadores do Hospital Popular Provincial Guangdong No.2, na China, analisaram o cérebro de 23 pacientes com insônia "primária" (dificuldade em iniciar ou manter o sono e pela sensação de não ter um sono reparador) ou grave, que relataram problemas para dormir por pelo menos um mês. As imagens, que foram captadas por scanners cerebrais de alta tecnologia e mostraram a força das correntes eléctricas no cérebro, foram em seguida comparadas com as de 30 pessoas saudáveis.
Os resultados mostraram diferenças significativas na matéria branca - a "fiação", que conecta as diferentes partes do cérebro - entre os dois grupos. As pessoas que sofriam insônia constante apresentaram sinais de danos na matéria branca do cérebro como um todo, mas as lesões mais severas estavam concentradas no hemisfério direito. Essa é justamente a região que tende a controlar a emoção. Foi observado também uma significativa redução na integridade da matéria branca presente no tálamo, área responsável por regular a consciência, o sono e o estado de alerta.
Os pesquisadores perceberam também que nestes pacientes o corpo caloso - seção que liga os dois hemisférios - não estava funcionando de forma eficaz. e que havia uma perda de mielina, camada protetora ao redor das fibras nervosas.
"A reduzida [atividade] no corpo caloso pode estar relacionada com perturbações emocionais e do sono em pacientes com insônia primária. Isso significa que essa alteração pode estar relacionada ao humor deprimido nestes pacientes", escreveram os autores.
A insônia é comumente associada com fadiga diurna, distúrbios de humor, comprometimento cognitivo e pode levar à depressão e à ansiedade. Isso porque a alteração constante do relógio biológico - mecanismo interno que sincroniza as funções corporais ao padrão de 24 horas de rotação da Terra - pode gerar problemas de saúde em longo prazo. Os resultados do novo estudo sugerem que uma explicação para isso: a alteração do relógio biológico impacta o cérebro negativamente.
"A insônia é um distúrbio extremamente prevalente. No entanto, suas causas e consequências ainda são esquivas. Tratos de substância branca são feixes de axônios - ou fibras longas de células nervosas - que conectam uma parte do cérebro com a outro. Se esses tratos são prejudicados, a comunicação entre as regiões do cérebro é interrompida. " , explicou Shumei Li, líder do estudo.
Como este foi apenas um estudo observacional, os autores afirmam que ainda são necessárias mais pesquisas para confirmar se os danos cerebrais são causa ou consequência da insônia.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Vitamina D faz bem à saúde do coração


De acordo com novo estudo, pacientes com insuficiência que receberam uma dose diária da vitamina registraram melhora na função cardíaca.
Uma dose diária de vitamina D melhora a função cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca. A conclusão é de um estudo apresentado na segunda-feira durante o 65ª Congresso do Colégio Americano de Cardiologia, realizado em Chicago, nos Estados Unidos.
Estudos anteriores já relacionaram a deficiência de vitamina D - cuja produção está associada à exposição ao sol - com a insuficiência e outros problemas cardíacos. Mas este é o primeiro a mostrar que a suplementação da vitamina nestes pacientes pode, de fato, melhorar a função cardíaca.
Para chegar ao resultado, pesquisadores da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha, realizaram um experimento com 160 pacientes com insuficiência cardiáca e que já estavam sob algum tratamento, como o uso medicamentos ou de marca passo. Durante o período de um ano, os participantes foram divididos em dois grupos: o primeiro recebeu doses diárias da vitamina, enquanto o segundo tomou um placebo.
Após esse período, os participantes foram submetidos a exames que mediam a função cardíaca. Os resultados mostraram que aqueles que tomaram a vitamina tiveram uma melhora considerável na fração de ejeção - quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada batimento. Enquanto o grupo de controle não registrou nenhuma mudança.
Em geral, a fração de ejeção de uma pessoa saudável fica entre 60% e 70%. Nos pacientes do estudo, contudo, a média de fração de ejeção no início do experimento era de apenas 26%. Após a suplementação, a função de bombeamento dos participantes que tomaram a vitamina D subiu para 34%.
"Este é um avanço significativo para os pacientes e é a primeira evidência de que a vitamina D pode melhorar a função cardíaca de pessoas com fraqueza do músculo cardíaco - conhecida como insuficiência cardíaca.", disse Klaus Witte, líder do estudo.
Para os autores, essa descoberta significa que tomar vitamina D regularmente pode diminuir a necessidade de usar um cardiodesfibrilador implantável (CDI), um dispositivo que detecta alterações perigosas do ritmo cardíaco e, se necessário, libera um choque forte no peito que provoca retorno do coração ao ritmo normal.