quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Excesso de álcool na meia-idade aumenta risco de derrame

De acordo com estudo, consumo da bebida entre os 40 e os 60 anos oferece mais risco de AVC do que fatores como hipertensão e diabetes

Vodca
Bebida: risco de derrame foi maior entre homens que bebiam mais de duas doses por dia (Thinkstock/VEJA)
Beber mais de duas doses de álcool por dia na meia-idade, entre os 40 e os 60 anos, aumenta a probabilidade de sofrer um derrame mais do que fatores de risco tradicionais, como hipertensão e diabetes. A conclusão é de um estudo publicado na quinta-feira no periódicoStroke, da Associação Americana do Coração.

Pesquisadores analisaram dados de 11.644 gêmeos suecos, acompanhados por 43 anos. Eles compararam o impacto do álcool entre pessoas que bebiam pouco (menos de metade de uma dose por dia) a muito (mais de duas doses diárias).
Quase 30% dos participantes tiveram derrame. Entre gêmeos idênticos, aqueles que sofreram um AVC bebiam mais do que seus irmãos que não sofreram, sugerindo que o derrame não estava condicionado à genética e ao estilo de vida na infância e adolescência.

Os autores descobriram que os indivíduos que bebiam muito tinham 34% mais risco de sofrer um derrame do que aqueles que bebiam pouco. Para homens na meia-idade, o alto consumo de álcool também se mostrou um maior fator de risco para AVC do que hipertensão e diabetes. Por volta dos 75 anos, porém, a tendência se inverteu: o diabetes e a pressão alta passaram a ser os maiores vilões do derrame.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Abacate diminui colesterol ruim

Comer abacate todo dia diminui colesterol ruim

De acordo com uma pesquisa, consumir a fruta e ingerir gordura moderada reduzem o nível de LDL

Abacate: fruta é rica em gordura insaturada, que ajuda a diminuir os níveis de colesterol ruim
Abacate: fruta é rica em gordura insaturada, que ajuda a diminuir os níveis de colesterol ruim (Thinkstock/VEJA)
Comer um avocado, um tipo de abacate pequeno, por dia, aliado a uma dieta com ingestão moderada de gordura, pode ajudar a diminuir os níveis de colesterol LDL (o "ruim") e, assim, melhorar a saúde do coração. A constatação é de um estudo publicado na quarta-feira no periódico Journal of the American Heart Association.
Participaram da pesquisa 45 adultos com idades entre 21 e 70 anos. Em uma primeira etapa, todos seguiram por duas semanas uma dieta com 34% de calorias vindas de gorduras, 51% de carboidratos e 16% de proteínas. Em seguida, por cinco semanas, os indivíduos foram separados aleatoriamente em três grupos.
Um grupo fez um programa alimentar com pouca gordura e sem avocado, outro ingeriu gordura moderadamente e não comeu abacate e o último consumiu gordura moderadamente e um avocado por dia. No caso das duas últimas dietas, 34% das calorias diárias vinham de gordura, enquanto no regime com pouca gordura esse porcentual era de 17.
Dietas — Os participantes que seguiram o plano que incluía o avocado tiveram uma redução de 13,5 mg/dL do colesterol LDL, comparados a quando fizeram a primeira dieta. Os que seguiram o regime de ingestão moderada de gordura, mas sem o avocado, apresentaram uma redução de 8,3 mg/dL. Já a dieta com pouca gordura diminuiu em 7,4 mg/dL o colesterol ruim. Os autores afirmam que outros fatores de risco de doenças cardiovasculares, como colesterol total e triglicérides, também apresentaram uma melhora com a dieta que incluía a fruta.
Os pesquisadores atribuem os benefícios à gordura insaturada do abacate, que comprovadamente reduz o colesterol ruim e eleva o bom (HDL), assim como às fibras e fitoesterois presentes no alimento.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Sedentarismo, inimigo mortal

Sedentarismo mata duas vezes mais que obesidade, diz estudo

Pesquisa da Universidade de Cambridge constatou ainda que caminhar 20 minutos por dia diminui em até 30% risco de morte prematura

Sedentarismo: não fazer nenhuma atividade física aumenta os riscos de morte prematura
Sedentarismo: não fazer nenhuma atividade física aumenta os riscos de morte prematura (Thinkstock/VEJA)
O número de mortes relacionadas ao sedentarismo é duas vezes maior do que as ligadas à obesidade, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Cambrigde, na Inglaterra, publicada nesta quarta-feira no periódico American Journal of Clinical Nutrition. O estudo ainda constatou que caminhar 20 minutos por dia pode reduzir a mortalidade em pessoas com menos de 65 anos, uma vez que diminui o risco de desenvolvimento de doenças do coração e câncer.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Physical activity and all-cause mortality across levels of overall and abdominal adiposity in European men and women: the European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition Study (EPIC)

Onde foi divulgada: periódico American Journal of Clinical Nutrition

Quem fez: Ulf Ekelund, Heather A Ward, Teresa Norat, Jian'an Luan, Anne M May, Elisabete Weiderpass, Stephen S Sharp e colegas.

Instituição: Universidade de Cambrigde, na Inglaterra.

Resultado: O sedentarismo causa duas vezes mais mortes do que a obesidade. Exercitar-se 20 minutos por dia reduz em até 30% risco de morte prematura.
Para entender a ligação entre sedentarismo, morte prematura e obesidade, os pesquisadores analisaram dados de 334.161 europeus. Eles mediram altura, peso, circunferência abdominal e frequência de atividade física das pessoas ao longo de doze anos.
Conclusões — O estudo relata que apenas um quarto dos participantes era sedentário, isto é, não praticava nenhuma atividade física ou recreacional. Os pesquisadores também visualizaram que fazer 20 minutos de caminhada por dia pode reduzir o risco de morte prematura em 16 a 30%. O impacto é maior nos indivíduos com peso normal, mas também foi observado em pessoas com alto índice de massa corpórea.
De acordo com os autores, 337.000 das 9.2 milhões de mortes na Europa foram atribuídas à obesidade e o dobro desse número, 676.000, ao sedentarismo.
“Um pouco de atividade física diária já beneficia a saúde. A prática de exercícios físicos deve ser uma parte importante da nossa vida diária”, diz Ulf Ekelund, coautor do estudo e pesquisador da Universidade de Cambridge.´

domingo, 21 de dezembro de 2014

Perda de peso pela respiração

Corpo elimina maioria da gordura pela respiração, diz estudo

Pesquisadores descobrem que, no processo de perda de peso, grande parte da gordura é transformada em dióxido de carbono e eliminada pelos pulmões

Dieta
Dieta: ao perder 10 quilos, 8,4 quilos são excretados em forma de dióxido de carbono (Hemera Technologies/Thinkstock/VEJA)
Ao perder peso, a gordura precisa ir para algum lugar. De acordo com um estudo australiano publicado na terça-feira na edição de Natal do periódico BMJ, quando uma pessoa emagrece, a gordura é excretada primeiramente pelo pulmão em forma de dióxido de carbono (CO2).
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: When somebody loses weight, where does the fat go?​

Onde foi divulgada: periódico BMJ

Quem fez: Ruben Meerman e Andrew J Brown.

Instituição: Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália.

Resultado: Ao perder 10 quilos de gordura, o corpo a excreta 8,4 quilos pelos pulmões em forma de dióxido de carbono (CO2) e 1,6 quilos em forma de água.
A explicação seria a de que as células de gordura armazenam triglicérides, um composto formado por três átomos: carbono, hidrogênio e oxigênio. Para perder gordura, é necessário liberar esses átomos da molécula de triglicérides por um processo chamado de oxidação.
O estudo constatou que quando 10 quilos de gordura são oxidados, 8,4 quilos são excretados pelos pulmões em forma de dióxido de carbono. O restante, 1,6 quilos, se transforma em água (H2O), que pode ser excretada pela urina, suor, respiração, lágrimas, fezes ou outros fluidos corporais.
Os autores chegaram a essa conclusão depois de traçarem o caminho percorrido por cada átomo excretado pelo corpo. “Essa bioquímica não é nova. Mas por razões incertas parece que ninguém tinha feito esses cálculos antes. As quantidades fazem total sentido, mas os resultados foram surpreendentes”, explicam os autores.
Respiração — A análise mostrou ainda que o oxigênio inalado necessário para realizar o processo metabólico de perda de peso precisa ser quase três vezes maior do que a quantidade de gordura a ser perdida. Isto é, para completar o processo de oxidação de 10 quilos de gordura, são necessários 29 quilos de oxigênio inalado. No montante, são criados 28 quilos de CO2 e 11 quilos de água.
Os pesquisadores analisaram, também, que uma pessoa com 70 quilos excreta 200 gramas de carbono por dia e um terço da perda de peso é alcançada durante o sono. Correr por uma hora, por exemplo, elimina 40 gramas de CO2 a mais — elevando a média diária para 240 gramas.
“Perder peso requer liberar o carbono armazenado nas células de gordura. Isso reforça a recomendação de comer menos e se mover mais”, explicam os autores, que ainda recomendaram que esse conceito seja incluído no currículo de ciências nas escolas e nas universidades de bioquímica.

A edição de Natal do BMJ é conhecida por selecionar estudos com temas engraçados, mas que passaram pelos critérios usuais de revisão de pares e são “reais”, na definição da publicação.

FONTE: veja.abril.com.br

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Refluxo

Não exagerar nas refeições e evitar bebidas gasosas são formas de conter o problema, causado pela ida do suco gástrico ao esôfago

Patricia Orlando
Refluxo: problema acomete 20% dos brasileiros
Refluxo: problema acomete 20% dos brasileiros (Thinkstock)
Sensação de que a comida não caiu bem no estômago e quer pegar o caminho de volta, acompanhada de azia e queimação, são sintomas de refluxo gastroesofágico, um problema digestivo que acomete 20% dos brasileiros.
O refluxo se manifesta quando uma válvula chamada esfíncter, que tem a função de impedir que o suco gástrico vá para o esôfago, não funciona corretamente e abre sem necessidade. Parte da comida e do suco gástrico pode voltar ao esôfago e causar queimação.
De acordo com o gastroenterologista Joaquim Prado Moraes Filho, professor-livre docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), ainda não se sabe por que o esfíncter não exerce corretamente sua função. “O que sabemos é que a genética é um fator importante para o aparecimento do problema”, diz.
Sintomas — Além de azia e da sensação de que a comida está voltando para a boca, o refluxo pode apresentar outros sintomas. “O suco gástrico pode ir para o pulmão, por exemplo, e causar asma, tosse seca e soluço”, diz Ricardo Barbuti, gastroenterologista do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Também pode haver problemas odontológicos por causa da acidez do suco gástrico. Um exemplo é a perda da dentina, camada interna que envolve o nervo, o que leva à sensibilidade dos dentes.
Se não tratado, o refluxo prejudica a qualidade de vida da pessoa, porque dores e azia tendem a piorar com o tempo. Além disso, sem tratamento, o problema pode evoluir para a esofagite, caracterizada por machucados no esôfago, a para o chamado Esôfago de Barret, uma alteração no tecido do órgão que causa câncer. 
Tratamento — O primeiro passo é evitar o consumo de alimentos gordurosos, doces e bebidas gasosas. O tratamento farmacológico pode ser feito pontualmente ou cronicamente, de acordo com a gravidade da esofagite. “O tratamento com medicamentos é baseado em drogas que diminuem a secreção de ácido no estômago e nos pró-cinéticos, que aceleram o esvaziamento gástrico e tendem a contrair o esfíncter, dificultando a sua abertura sem necessidade”, diz o gastroenterologista Giovanni Faria Silva, professor da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB). Nos casos mais graves, uma cirurgia pode fazer o esfíncter voltar a funcionar corretamente.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Diabetes aos 50 anos pode causar perda de memória aos 70

De acordo com pesquisa, a doença acelera o envelhecimento da mente cinco anos mais rápido que o normal

Diabetes
Diabetes: o controle da síndrome pode prevenir demência na velhice (Thinkstock/VEJA)
Pessoas diagnosticadas com diabetes na meia idade — ao redor dos 50 anos — têm mais probabilidade de sofrer perdas significativas de memória e de cognição depois de 20 anos, comparadas com indivíduos que mantêm taxas de glicose normais no sangue. A revelação está descrita na edição de terça-feira do periódico Annals of Internal Medicine.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Diabetes in Midlife and Cognitive Change Over 20 Years: A Cohort Study

Onde foi divulgada: periódico Annals of Internal Medicine

Quem fez: Andreea M. Rawlings, A. Richey Sharrett, Andrea L.C. Schneider, Josef Coresh, Marilyn Albert, David Couper, Michael Griswold, Rebecca F. Gottesman, Lynne E. Wagenknecht, B. Gwen Windham, Elizabeth Selvin

Instituição: Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, nos Estados Unidos

Resultado: Pessoas que não controlam o diabetes na meia idade têm mais probabilidade de sofrer perda de memória e de cognição depois de 20 anos.
Pesquisadores Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg descobriram que o diabetes envelhece a mente cinco anos mais rápido que o normal. O declínio de memória e de funções cognitivas está fortemente associado à demência.
“A lição é que, para ter um cérebro saudável aos 70 anos, você precisa se alimentar direito e se exercitar aos 50”, afirma a líder do estudo, Elizabeth Selvin, professora de epidemiologia da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg. 

Pesquisa — No estudo, Elizabeth e sua equipe analisaram dados de 15 792 adultos acompanhados de 1987 a 2013. Os pesquisadores compararam a perda cognitiva associada ao envelhecimento com o declínio observado nos voluntários do estudo. A perda foi 19% maior do que a esperada entre os participantes que não controlavam o diabetes adequadamente.

“Se nós prevenirmos e controlarmos o diabetes de maneira melhor, poderemos evitar a progressão da demência em muitas pessoas”, diz Elizabeth. “Retardar o surgimento da demência em alguns anos pode ter um impacto enorme na população, incluindo ganho de qualidade de vida e menos gastos com saúde.”

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Dieta a base de plantas melhoram os níveis de açúcar no sangue

Mudar para uma dieta vegetariana pode ajudar a reverter a diabetes, de acordo com um novo estudo. Milhões de pessoas que lutam contra a doença assassina poderia melhorar os seus níveis de açúcar no sangue, erradicando a carne de sua alimentação semanal. Os cientistas acreditam que a remoção de gorduras animais poderia ajudar a curar a doença, deixando os pacientes livres delas. As informações são do Daily Mail.
Os especialistas disseram que mudanças na dieta poderia ser usada como uma alternativa do tratamento para a diabetes do tipo 2. Uma análise de estudos anteriores revelaram que a remoção de gorduras de origem animal durante a dieta ajuda a melhorar a sensibilidade à insulina. A dieta reduziu os níveis de base vegetal de uma proteína-chave chamada sangue de hemoglobina glicada (HbA1c).
Para as pessoas com diabetes, quanto maior o HbA1c no sangue, maior o risco de desenvolver complicações relacionadas com o diabetes, tais como danos do nervo, problemas oculares e doenças do coração. “A mudança de dieta pode substituir uma pílula”, disse nutricionista Susan Levin, um dos autores do estudo. “Uma dieta à base de plantas melhora os níveis de açúcar no sangue, massa corporal, pressão sanguínea, colesterol e todos ao mesmo tempo, uma coisa que nenhum medicamento pode fazer”, completou.
Em todo o mundo, 347 milhões de pessoas têm diabetes, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Eles prevêem que será a sétima principal causa de morte em 2030. A doença ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente para tirar o açúcar da corrente sanguínea, ou quando o corpo não consegue utilizar eficazmente a insulina que produz.
Como parte do novo estudo, os pesquisadores analisaram os hábitos alimentares de 255 adultos com diabetes tipo 2 nos EUA, Brasil e República Checa. Eles descobriram que pessoas que comiam a dieta vegetariana com baixo teor de gordura, ou uma dieta de ovos e produtos lácteos, mas nenhuma carne, reduziu o HbA1c em uma média de 0,4 pontos percentuais a até 0,7 pontos em alguns estudos. Isto é comparável com o mesmo efeito de inibidores de alfa-glicosidase, medicamentos dados a pacientes que ajudam a controlar os seus níveis de glicose no sangue, impedindo a digestão de carboidratos, eles disseram. A pesquisa foi publicada no jornal Cardiovascular diagnóstico e terapia. Cardiovascular Diagnosis And Therapy
FONTE: PN Mídia